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Mostrando postagens de outubro 21, 2007

LENDO A BÍBLIA COM OS OLHOS DA GRAÇA por Caio Fábio ( 2 )

A revelação de Deus no período em que a Escritura foi composta deu-se através de um longo processo, e, quem não entende isso não compreende nada. De fato, como disse Paulo, “tudo quanto outrora foi escrito, por nossa causa foi escrito, para que pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. A leitura bíblica é fundamental quando ela é feita com esses olhos, do contrário, ela se torna algo supersticioso e mecânico. Aliás, o fato da leitura bíblica ter sido considerada “meio de graça” — juntamente com a eucaristia e o batismo — fez com que, para muitos, o livro-Bíblia fosse considerado um ente vivo e mágico, como se carregá-lo e lê-lo, em si mesmos, carregassem uma benção inerente. Ora, na realidade não é assim. Isto porque as Escrituras podem ser examinadas, com toda acuidade e detalhamento, e, ainda assim, nada acontecer no coração de quem lê, posto que a Bíblia só se torna Palavra quando a leitura é feita a partir de Cristo, e quando o coração acompanha a revela

LENDO A BÍBLIA COM OS OLHOS DA GRAÇA por Caio Fábio

Deus não se tornou amor. Ele é amor. Portanto, Deus sempre foi quem Ele é. Sua manifestação aos homens, todavia, é que “cresceu” aos sentidos humanos no curso das eras, posto que embora houvesse aqueles que o conhecessem como Graça (e o A.T. está cheio de Graça), sendo justificados pela fé (Hb 11), a maioria da humanidade, e também do povo escolhido para levar o “testemunho” (Israel), não poderia discernir a Graça de Deus se não fosse encerrado na certeza do pecado, isto conforme Paulo aos Romanos e a epistola aos Hebreus. Assim, a lei foi dada para avultar a culpa e o pecado. No entanto, nunca ninguém foi salvo pela Lei, tendo todos sido salvos exclusivamente pela fé, em qualquer tempo ou em qualquer era. Ele (o Senhor) falou de muitos modos e de muitas maneiras, mas, para sempre, falou por meio do Filho. Portanto, segundo várias cartas de Paulo e segundo a epistola aos Hebreus, todas aquelas coisas anteriores (a Lei e seus cerimoniais), eram apenas uma pedagogia simbólica, e que te