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Mostrando postagens de 2010

IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE DE MANTER O PADRÃO

Em 2 Tm 1.13,14, como discípulos de Cristo, aprendemos algo muito importante. Inicialmente, entendemos que temos o Senhor como padrão. Tendo-O como padrão, devemos guardar toda a  Sua doutrina como bom depósito. Mas não estamos sozinhos nesta tarefa, é importante saber que alguém nos ajuda:o Espírito Santo! I – MANTENDO O PADRÃO A palavra padrão significa tudo o que serve de base ou norma para avaliação, medida, modelo, exemplo e protótipo. Mas que padrão é este que temos que manter? Sabemos que muitos foram os ensinamentos de Jesus, e todos devemos guardar. Mas aqui  o apóstolo Paulo nos alerta – não somente a obreiros, líderes e pastores – mas a todos nós, discípulos de Cristo, recomendando alguns passos como padrão (contidos no capítulo 2 de 2 Tm). Então, todo discípulo de Cristo deve: 1 – Evitar contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes (v.14). 2 – Apresentar-se aprovado, pois conhece a palavra da verdade, não se deixando envergonhar (v.15

SIGNIFICADO E SENTIDO DE SEGUIR A CRISTO

Esta reflexão está fundamentada em Lucas 9.57-62. O texto bíblico descreve uma determinada situação em que Jesus ia pelo caminho com seus discípulos e muitos outros O seguiam. Há, então, uma cena com três atos no episódio bíblico: um homem declara que queria segui-Lo onde quer que Ele fosse; depois, um segundo homem recebe um convite de Jesus para que O siga e, por último, há um terceiro homem que manifesta, também, a vontade de seguir ao Senhor. Portanto, o episódio descreve uma sequência de fatos que se relacionam com seguir a Cristo. Mas o que significa seguir a Cristo? Vamos, então, procurar entender o significado e o sentido de ser discípulo de Jesus e como se deve segui-Lo. No texto, há, então, três homens que se posicionam quanto a seguir Jesus, no que considerei - fazendo uso de elementos de uma peça de teatro - como uma cena com três atos: PRIMEIRO ATO: UM HOMEM DECLARA A JESUS QUE ESTÁ DISPOSTO A SEGUI-LO ONDE QUER QUE FOSSE. Muitas vezes declaramos algo, falando que far

LUZ E TREVAS: O OLHAR DE JESUS PARA HOMENS QUE O TRAEM E O NEGAM.

Lucas 22.47-62 descreve dois cenários: o primeiro ocorre no Getsâmani quando Jesus é preso e o seguinte, na casa do sumo sacerdote, quando se inicia o processo de julgamento que O levará à crucificação e morte. Três  pessoas se destacam: Jesus, aquele a quem Isaías (9.6,7) descrevera cerca de 700 anos antes de Seu nascimento, como Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Aquele que é Deus Filho, que reina em perfeita comunhão com Deus Pai e Deus Espírito Santo, que é Luz, que é Fiel e cuja Misericórdia dura para sempre. A segunda pessoa é Judas, um dos discípulos, o que trai o Mestre, de forma premeditada e covarde. Seu pecado foi a apostasia – a separação permanente de Cristo por malignidade de coração. Sua traição selou a apostasia e foi seguida de remorso sem proveito. A terceira pessoa é Pedro, também um dos discípulos, o que nega o Mestre, de forma impulsiva, mas igualmente covarde. Seu pecado foi o desvio – a alienação momentânea de Cristo. Sua tr

O OLHAR DIANTE DA SITUAÇÃO PODE DETERMINAR UM FUTURO DE VITÓRIA OU DE DERROTA...!

Encontramo-nos em Nm 13 e 14, texto que se destaca como o mais crítico da marcha dos israelistas pelo deserto, a caminho da Terra Prometida, Canaã. Após a saída de Gósen, parte leste do delta do Nilo, no Egito, o povo conduzido por Moisés chega ao Monte Sinai, em jornada de pouco mais de dois meses. Ali acampado em tendas, o povo se aglomera, recebe os Dez Mandamentos, presencia a construção do Tabernáculo, e aguarda as ordens do Senhor. O livro de Números inicia com a determinação do Senhor, já no segundo ano após a saída do Egito, para que Moisés levante o censo de toda a congregação dos filhos de Israel (Nm 1.2ss). Isso ocorreu no primeiro dia do segundo mês (1.2), mas em 10.11,12 ocorre a partida do deserto do Sinai, ao vigésimo dia do segundo mês, e depois de onze dias chegou o povo a Cades-Barnéia, no deserto de Parã. Estava o povo a pouco mais duas semanas de viagem para ter acesso a Canaã. Ocorre que ali, acampado, Israel  aguarda  quarenta dias pelo retorno de doze espias (13.

A VOZ DO POVO NÃO É A VOZ DE DEUS...!

Com base em 1 Sm 8.1-22 pretendo enfocar os aspectos que diferenciam a voz do povo da voz de Deus, ou seja, até que ponto a vontade de Deus é expressa na forma de agir de um povo que por Ele clama e que se diz ser Seu! Preliminarmente, é importante destacar que 1 Samuel cobre um período de cerca de 140 anos, iniciando com o nascimento de Samuel, em torno de 1150 a.C e terminando com a morte de Saul, em torno de 1010 a.C. Ao examinarmos o cenário antecedente deste livro  e de seu conteúdo vemos que: Israel fora governado por juízes que Deus levantou em momentos cruciais da sua história; no entanto, Israel havia se degenerado moral e politicamente. Estivera sob investidas violentas e impiedosas dos filisteus. O templo de Siló fora profanado e o sacerdócio se mostrara corrupto e imoral. Em meio a essa confusão política e religiosa surge Samuel, o filho de Ana. O menino cresce, assume o lugar do profeta Eli e passa a gozar de imenso prestígio entre o povo, porém seus filhos não continuaram

COMO E QUANDO O SENHOR OPERA A MULTIPLICAÇÃO...!

Nossa reflexão de hoje está fundamentada no mui conhecido episódio, presente nos quatro Evangelhos, que descreve a multiplicação feita por Jesus e que alimentou uma grande multidão,constituída por cinco mil homens, a partir de 5 pães e 2 peixes. Iremos nos deter na descrição de Mc 6.31-44. Sabe-se que o homem é um ser que se revela na integralidade de três dimensões. Há a dimensão físico-corporal (que se destaca pelas necessidades econômicas de alimentação, vestuário, habitação, etc.). Há a dimensão da alma (que se destaca pelas necessidades mentais de pensar, refletir, situar-se, tomar decisões, etc.) e há a dimensão do espírito (que se destaca pela necessidade de buscar a Deus, ouvir Sua Palavra e alimentar-se de Seus ensinamentos). A Bíblia está impregnada pela presença do Senhor e de Seu propósito para edificação do ser humano integral, portanto, tanto temos mensagens que expressam a vontade de Deus para suprir não somente o homem em sua dimensão espiritual, como se poderia supor,

ORAÇÃO OUVIDA E ATENDIDA PELO SENHOR.

Lc 11.1-13; 18.1-8 nos apresentam dois momentos no ministério de Jesus que se complementam e muito nos ensinam sobre a oração e sua eficácia. Deus ouve a oração, sempre. Mas é preciso saber pedir. Certamente por esta razão um discípulo pede a Jesus que ensine a orar corretamente, e o Senhor ensina. Esta oração está bem resumida em Lucas: “ Pai, santificado seja o teu nome, venha o teu reino; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixe cair em tentação”. Nesta oração estão contidos alguns pontos que precisamos destacar: 1) o reconhecimento da santidade do nome do Senhor e o desejo de que venha o Seu Reino sobre nós; 2) o pão (alimento) que necessitamos diariamente, Ele nos dá; 3) a disposição que devemos ter de pedir perdão por nossos pecados, pois, também, perdoamos a todos os que nos devem, em ofensas ou dívidas quaisquer; 4) o reconhecimento de que podemos cair em tentação, logo, precisamos da aju

AS PROVAÇÕES DE CADA DIA E O ÂNIMO PARA CONTINUAR NA LUTA!

Os textos que motivam esta reflexão são Juízes 2.10-3.1-6 e Romanos 12.1-3. Quando cremos que somos filhos de Deus e que a salvação se dá inteiramente pela graça, o favor imerecido, em alguns, surge certo conformismo espiritual, como se Deus, por Sua Soberana vontade, impedisse simplesmente qualquer possibilidade de problema, doenças ou situações adversas em nossa vida! Quanto engano! Em muitos há até certo conformismo espiritual quando optam por cruzar os braços, e passivamente esperam o tempo passar. É verdade que tudo ocorre segundo a vontade de Deus, mas é errado nos submetermos passivamente à aflição como sendo a vontade de Deus, posto que Ele é soberano e poderia nos ter prevenido dela. Isto é verdade, mas a Palavra de Deus afirma que devemos reagir, de forma correta às situações que nos são apresentadas. Tão grave quando deixar-se levar pelo conformismo espiritual é aderir à algumas práticas, igualmente corriqueiras, nestes tempos de pós-modernidade, como a murmuração e a teolog

FORTALECIDO NO SENHOR, TUDO POSSO!

Na carta aos fiéis de Filipos, o apóstolo Paulo dá testemunho de um sentimento de alegria e de gratidão, posto que os filipenses haviam-no socorrido em momentos difíceis para ele. Há de se destacar na carta, também, uma enérgica advertência à presença de muitos que eram inimigos da cruz de Cristo (3.18), indicando que haviam chegado alguns mestres judaizantes à Macedônia que, com sua insistência em manter vigente a lei mosaica e em especial a prática da circuncisão, perturbavam a fé dos cristãos de origem gentílica. A carta expõe, também, a afirmação de que a alegria da salvação deve ser uma constante na vida do cristão (4.4) e que este deve confiar plenamente no Senhor, que está perto (4.5) e pensar e agir de maneira sempre digna de louvor (4.8). Mas o destaque maior que merece nossa atenção para a reflexão de hoje é a afirmação contida em 4.13 “tudo posso naquele que me fortalece” , tão conhecida no meio evangélico, a ponto de fazer parte de orações – quase obrigatoriamente – no mei

EXISTÊNCIA HUMANA: FAZENDO DISTINÇÃO ENTRE OS SINAIS DE VIDA E DE MORTE!

Os textos básicos motivadores de nossa reflexão são Ef 2.1-10 e Jo 11.31-44. Os dois textos se completam. Em um, temos o apóstolo Paulo esclarecendo sobre o processo que conduz o homem do estado de pecador – espiritualmente morto – para a condição de salvo - espiritualmente vivo - pela Graça de Deus. Em outro, temos o momento da morte física de Lázaro, dos sonhos que se desfizeram, da esperança que havia morrido, mas Jesus se faz presente e ressuscita-o, após ter afirmado que “ Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente.Crês isto?” (Jo 11.25,26) . Pode-se assegurar que, em um sentido amplo e de forma geral, os homens estão mortos. Física e materialmente falando, muitos podem até estarem em boa situação financeira, com saúde e apresentando sinais de prosperidade material, família em situação estável, negócio bem sucedido; estão vivos para as coisas do mundo, mas estão mortos. Suas vidas, embora se apr

A LÍNGUA É FOGO...!

A epístola de Tiago foi escrita não para explorar temas doutrinários e teológicos, mas para exortar aos discípulos de Jesus quanto a serem "praticantes da palavra e não somente ouvintes" (1.22). Neste sentido é que Tiago se refere à sinceridade da fé (1.22-25;2.14-16;3.13-18), a resistir às provações com paciência (1.2-4;12-15;5.7-11), a não julgar os demais (2.12,13;4.11,12), a refrear a língua (1.26;3.1-12), a não jurar (5.12) e a perseverar na oração (5.13-18). Detenho-me agora, em particular, em 3.1-12, em que Tiago expõe que dentre as diversas formas de tropeço, a mais grave é o tropeço no falar. Há uma afirmação contundente de que "se alguém não tropeça no falar é perfeito varão, capaz de refrear, também, o corpo" (3.2b). Perceberam o alcance da expressão perfeito varão? Como almejar e alcançar a "perfeição cristã" se não refreamos a língua? O texto evidencia alguns tipos de controles exercidos pelo homem: em animais, o freio (ou cabresto) na boca de

UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE AS ELEIÇÕES E A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA

Estamos a algumas horas das eleições gerais brasileiras e segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE/2010), 135.804.433 eleitores aptos, incluindo neste total, 200.392 no exterior, irão às urnas e escolherão seis candidatos para ocuparem posições de liderança, tanto nas Assembléias estaduais e na distrital, na Câmara e no Senado, em cada governo estadual e no DF, bem como na Presidência da República. Como cidadão brasileiro voto há 40 anos e exerço meus direitos sempre de forma muito clara e decidida. Leio muito, procuro ver e analisar, a cada dia, as notícias e os informativos sobre economia e política. Como professor universitário e consultor de empresas sou confrontado, diariamente, sobre questões e problemas ligados a essas temáticas. Sei em quem vou votar e procuro analisar cada candidato segundo alguns critérios sobre posturas, história de vida, coerências, valores éticos e morais, capacidade de gestão e sensibilidade de olhar o outro, em especial o excluído e marginalizado, como

O JEITO DE SER E VIVER DOS FILHOS DA LUZ.

O texto básico inicial que merece nossa atenção é Ef 4.17-5.21. Para a compreensão maior do texto e de sua análise, é importante destacar que, espiritualmente falando, todos os humanos – não importa o gênero, a crença e etnia – nasceram participantes de uma natureza gerada a partir da semente corruptível de Adão quando nasceram de seus pais. Todos, então, cresceram como gentios, na vaidade de seus pensamentos (v.17), obscurecidos de entendimentos, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem pela dureza de seus corações (v.18), e estes, tendo-se tornado insensíveis entregaram-se à dissolução para, com avidez, cometerem toda a sorte de impureza (v.19). Esta é a condição primeira na trajetória de homens e mulheres que nascem e vivem segundo seus próprios interesses, lógicas e perspectivas de futuro. Predomina o império dos sentidos e da vontade expressa na natureza anterior, posto que todos nasceram na condição de filhos da ira, filhos da desobediência e com uma natureza i