SOLIDARIEDADE E AJUDA MÚTUA COMO PRÁTICA DIÁRIA DO CRISTÃO!

Gl 6 registra uma exortação de Paulo quanto ao apoio recíproco e solidário entre os cristãos.Um ensinamento falso estava causando divisão entre os discípulos na Galácia. Eles estavam se atacando, mutuamente (5.15) e de forma invejosa se exaltavam uns sobre os outros (5.26), ao invés de trabalhar juntos para superar batalhas espirituais. Quando afirma em 5.25 que “se vivemos em Espírito, ANDEMOS também em Espirito”, o apóstolo está ensinando que significa não somente dirigir com propriedade as nossas vidas, mas também possuir um espírito de simpatia que nos leve a não censurar em demasia aqueles que caem em algum erro, mas antes, a buscar restaurar os tais, com um espírito de brandura, considerando que nós mesmos somos sujeitos a quedas, apesar de todas as nossas realizações e vitórias espirituais. Afinal, a igreja deve ser o centro do encorajamento mútuo e não um lugar onde pessoas se põem a censurar umas às outras! Na guerra contra o pecado, precisamos da ajuda um do outro para encorajamento e força. Paulo continua no capítulo 6 com as aplicações práticas na vida cristã, exortando os irmãos a ajudarem um ao outro.
I – A IMPORTÂNCIA DA AJUDA MÚTUA:
Por levar as cargas uns dos outros (v.6-10) entendemos que se um cair no erro ou pecado, outro que está mais fortalecido espiritualmente tem a responsabilidade de corrigi-lo e levantá-lo, evitando que aquele esteja sobrecarregado pelo erro (v.1). Assim sendo, suavize seu peso, ajude-o a levar sua carga e seu peso. Se dessa forma proceder, aquele que ajuda o outro a superar o pecado mostra o amor que cumpre tanto a lei de Moisés como a de Cristo (v.2, ver 5.14- o cumprimento da lei através do amor).
II – A NEGAÇÃO DO AMOR NAS MENTES CARNAIS:
A pessoa de mente carnal não ajuda o caído, pois vê a oportunidade para se julgar superior (v.3; ver Lucas 18.9-14). Paulo avisa que tal autojulgamento comparativo é vão, porque cada um será julgado individualmente de acordo com seu próprio desempenho quanto aos seus deveres (v.4,5; ver 2 Co.10).
III – A ACEITAÇÃO DE QUE SER SOLIDÁRIO E FAZER O BEM DISTINGUE OS VERDADEIROS DISCÍPULOS DE CRISTO:
Em termos mais gerais, o cristão tem o dever perante Deus de fazer o bem. O servo de Deus tem responsabilidade de compartilhar "todas as coisas boas" também com aquele que se dedica ao ensinamento da palavra de Deus (v. 6). O que uma pessoa semeia é o que ela ceifará (v.7). Quem desperdiça seus recursos satisfazendo desejos carnais receberá somente a herança da carne: a corrupção. Porém, aquele/a que usa seus recursos para o crescimento espiritual receberá a recompensa do espírito: a vida eterna (v.8,9). O cristão tem a responsabilidade de usar todos os seus recursos (espirituais, financeiros e outros mais) de um modo que agrada a Deus. A responsabilidade individual de fazer "o bem a todos" (v.10) incluirá ajuda ao irmão caído (v.1), apoio a um pregador do evangelho (v.6) ou dar ajuda a qualquer um que precisa.
Finalmente, o apóstolo destaca que (v.11-18) aqueles na Galácia que exigiam a circuncisão para a salvação não estavam realmente interessados em ajudar as pessoas, nem em guardar a lei de Moisés. Eles queriam evitar a perseguição pelos judeus (v. 12,13; ver 2.11-14; 5.3,14-15). Eles se gloriaram na carne dos seus "convertidos", e não na cruz de Cristo (v.13,14). Muitos são os que atualmente ainda gloriam na carne dos seus convertidos, usando um evangelho carnal para atrair multidões, ao invés de ensinar a verdade de Cristo e sofrer as consequências (v.14; ver  2 Timóteo 3.12,13). A verdadeira conversão vem, não por meios carnais, e sim na circuncisão do coração, para se tornar uma nova criatura (v.15; ver Colossenses 2.11-15). O "Israel de Deus" constitui aqueles que andam segundo esta nova criação em Cristo. Eles não levam as marcas da circuncisão na sua carne, e sim as marcas de Jesus numa vida transformada (v.16,17; ver 5.22-25; Romanos 2.28-29).Não nos esqueçamos de que os que estão, verdadeiramente, em Cristo, são pecadores restaurados e não criaturas superiores, que vivem acima dos demais. Assim, a restauração de alguém caído é uma demonstração tanto de amor quanto de humildade; e essas são duas das qualidades que Paulo considera como essenciais em uma comunidade cristã! De igual forma, entendo e procuro ensinar aos que estão comigo no Caminho que nos revela a Graça, antes da Lei! (Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 01/04/2012).

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