ENTENDENDO MELHOR COMO E POR QUÊ "OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS".

Em Mt 20.1-16, Jesus compara o Reino de Deus, ou dos Céus, como narra Mateus, à situação vivida por um senhor de terras e viticultor, e os trabalhadores que são recrutados para trabalharem na sua vinha. Trata-se de uma parábola em que – mais uma vez – o Mestre nos demonstra a força, a beleza e a clareza da Graça. Ele ilustra por que e como os últimos podem tornar-se os primeiros. Aprendamos com Jesus que no Reino de Deus não há lugar para soberba, arrogância e posições de honra. Ele disse que deveríamos ser servos. Portanto, nosso serviço a Ele e ao próximo, deve ser baseado no amor, sem esperar reconhecimentos ou recompensa. Quando absorvemos a essência da graça, longe de nos engrandecermos, compreendemos exatamente o contrário, posto que como afirma Paulo em 2 Co 5.14 a, “...o amor de Cristo nos constrange”. Com Jesus aprendemos (Mt 20.28) que devemos ser “Tal como o Filho do homem, que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Tudo o que Deus faz pelo homem é pela graça; ninguém merece Seu favor, e Ele nunca está em dívida para conosco. Deus é soberano e está no comando. Uma melhor classificação, uma melhor posição e recompensas são dadas por Ele a quem escolher. Esta parábola, então, mostra a generosidade e a graça de Deus que nos trata de maneira bondosa, dando-nos muito mais do que merecíamos. A graça de Deus com uns, o torna injusto para com os outros? (v. 13-15). Não, certamente não. Deus é soberano e julga com justiça (v.13), mas com graça. O critério de recompensa, tanto da "quantidade" (v.14) quanto da "colocação" (v. 16) é estabelecido por Ele. Se desejar recompensar mais uns do que outros, Ele faz por Sua bondade e faz de acordo com a Sua soberania. Ninguém tem o direito de reclamar dEle. Essa parábola destaca dois pontos: 1) o interesse de Deus centrado em algo muito mais elevado do que a simples quantidade de trabalho realizado;2) a decepção, a revolta e até raiva de alguns contra Deus por ser Ele generoso com outros e apenas justo com eles mesmos. Também na parábola, é possível fazer uma analogia entre Israel e a salvação de judeus e não judeus. O fato de os últimos receberem em primeiro lugar mostra que os judeus, os primeiros a receberem a chamada divina, não seriam, necessariamente, os primeiros a receberem o galardão final, pois a salvação não vem da herança racial, nem do próprio homem, mas da generosidade e da graça de Deus. Do mesmo modo, a salvação, em si, é algo tão precioso que não existe salvação de primeira classe (para os que chegam primeiro) ou outra de uma classe inferior (para os que chegam por último). Ninguém tem o direito de reclamar, uma vez que Deus é soberano em todas as Suas decisões. Tudo depende de Deus e não da força ou da obra humana. Deus não despreza aqueles que aparecem na última hora, pois entre esses podem estar os melhores servos, homens impulsionados por um zelo e um ardor novos. Homens e mulheres que, pelo seu exemplo, poderão reavivar aqueles que já trabalham há muito tempo. Essa parábola parece, também, indicar que Deus se interessa mais pela qualidade do serviço do que por sua duração. Quer você seja recém chegado ao Reino, ou tenha 5,10,15 ou 20 anos de ministério, não importa, a graça é liberada por Jesus, na forma, na ocasião e do modo que Ele julga adequada...não nos compete contestar, apenas aceitar. Portanto se você se colocar em uma posição de superioridade, apenas por que chegou primeiro, cuidado, você ficará para trás...e aí, sim, os últimos ocuparão o seu lugar, e se tornarão os primeiros. Mas quem tem a consciência da graça, sabe que é filho de Deus, e leal discípulo de Jesus, cumpre a lei, posto que “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” ( Rm 13.10). Há um alerta para todos nós - os que já entraram no Reino e tantos milhares de outros que ainda não se chegaram a Ele - não esquecer as palavras do apóstolo Paulo, em 2 Co 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. (Síntese da mensagem deste pastor levada à Comunidade, no culto de domingo 10/02/2008)

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