O DISCERNIMENTO DE QUEM TEM O ESPÍRITO DE DEUS

Dn 1.1-21 descreve a situação do exílio na Babilônia quando Daniel e seus três jovens companheiros deram os primeiros e definitivos passos como escolhidos pelo rei Nabucodonosor, para receberem formação e treinamento nas ciências e nas artes, conquanto que passados três anos, fossem submetidos à apreciação real, e sendo aprovados passariam a servi-lo. Aprendemos aqui que o sucesso que vai caracterizar a vida de Daniel, muito tem a ver com essas primeiras atitudes que ele assume diante das circunstâncias adversas. Em primeiro lugar, Daniel se dá conta que é possível harmonizar a aparência externa com o interior. Ele não somente era um jovem saudável fisicamente e de boa aparência, mas em termos interiores, pode ser considerado instruído, apto para o novo, aberto para novas experiências, enfim, capaz de aprender, inclusive, outra cultura, tão diametralmente oposta à judaica. Em segundo lugar, Daniel soube perfeitamente discernir o que faz bem. Ele tinha plena consciência de que era escravo e tinha que aprender a cultura dos caldeus, mas isso não o impedia de pensar e decidir o que deveria reter e o que deveria rejeitar. As comidas diárias ali servidas não estavam de acordo com sua fé, não somente não podia comer animais considerados impuros, mas a própria forma ritualística do preparo de consagração aos deuses o impedia, e por isso ele se submete a uma dieta. Em terceiro lugar, Daniel estava consciente da sabedoria que vem de Deus. É bom e saudável aprender, conhecer mais e não se fechar para as ciências e as artes, inclusive as descobertas, inventos e inovações tecnológicas que nascem da mente engenhosa dos homens. Neste nosso mundo globalizado é importante ouvir, ler mais e se informar sobre tudo, porém nessa busca, nosso foco deve ser a perspectiva de que a verdadeira sabedoria vem de Deus. Em quarto lugar, Daniel praticou tanto a inteligência emocional quanto a inteligência espiritual. A primeira forma de inteligência está relacionada ao controle das emoções, à cultura, à intelectualidade, ao conhecimento, ao desenvolvimento das aptidões; a segunda inteligência está relacionada às percepções interiores e espirituais, intuitivas, aos sonhos e visões. Quando se sabe, tal qual Daniel, combinar essas duas inteligências resulta sabedoria, discernimento e sucesso. Assim o jovem Daniel nos deixa uma lição: fortalecidos pelo Espírito de Deus devemos nos posicionar e mesmo em situações adversas, usando tanto o racional quanto o espiritual, seremos sempre vitoriosos. Daniel consegue não se contaminar, passa no primeiro teste, agrada ao chefe dos eunucos, depois de três anos, é aprovado com louvor pelo rei babilônico; e mais tarde será homem de elevada posição no reino, conhecido por sua sabedoria, discernimento, e o dom de interpretar sonhos e visões, enfim, um vencedor.(Reflitamos sobre 1 Co 2.14,15: “ Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas não são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido”; Pv 22.29: “Viste o homem habilidoso na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.”) (Síntese da mensagem deste pastor levada à Comunidade, no culto de domingo 27/04/2008)

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