REJEIÇÃO DE DEUS À VAIDADE DOS CULTOS E À ADORAÇÃO EQUIVOCADA E FALSA!

O livro de Jeremias descreve cerca de quarenta anos da história de Judá, culminando com a queda de Jerusalém e o cativeiro babilônico. O ministério do profeta se caracterizou, desde o início, por conclamar o povo ao arrependimento, uma vez que Jeremias via a potência do norte, Babilônia, erguer-se, pela providência divina, para castigar uma nação desobediente como era Judá. Ele exortou os habitantes de Judá a abandonarem sua apostasia e idolatria. Jeremias via o cativeiro de setenta anos que viria (25.1-14) e sabia que o conflito entre as três potências mundiais, a Assíria, o Egito e a Babilônia terminaria com o triunfo da Babilônia. O profeta advertia, ainda, sobre os pactos firmados com o Egito, que redundariam em desastre, a longo prazo. Como Jeremias previa um resultado desfavorável para Judá, que era um pequeno reino no meio de lutas entre poderosos, foi o profeta desprezado pelo seu próprio povo. Suas profecias de condenação soavam estranhas quando comparadas às palavras consoladoras dos falsos profetas. Mas merece destaque, igualmente, que Jeremias apontava a vinda do Messias com promessas de restauração e glória final, tanto para Judá quanto para Israel. Em Jr 7 lançamos nosso olhar e identificamos algo que precisa ser bem destacado nestes dias atuais de muita frequência à Igreja, muita busca de bênçãos, mas pouca adoração e comunhão com o Senhor. O subtítulo do capítulo 7 já anuncia que "o templo não protege a nação e as pessoas iníquas". A descrição que se destaca é a do evento em que o Senhor convoca Jeremias para que se pusesse na entrada do templo de Jerusalém e anunciasse Sua mensagem aos que viessem para adorar. A mensagem consistia em combater a falsa idéia de que Jerusalém estava segura por causa da presença do templo, como se alegava. Para eles, a existência física do templo garantia tanto a presença do Senhor como Sua proteção. A verdade é que a glória do Senhor desde há muito havia abandonado aquele lugar, por causa da idolatria-adultério-apostasia de Judá. Jerusalém não estava imune aos ataques babilônicos somente por que o templo ficava ali. O povo de Judá havia rejeitado tudo quanto o templo representava, em sua idolatria pagã e em seu sincretismo que combinava o culto à Javeh e a outros deuses. A lei moral do Senhor havia sido frontalmente violada. A única maneira de deter a marcha das tropas do norte seria mediante um autêntico arrependimento. Nesse caso, a vida iria prosseguir normalmente em Jerusalém e em todo o reino de Judá; do contrário, tudo ali seria destruído. À semelhança do apóstolo Paulo (Rm 2), o profeta Jeremias pregou que as formalidades religiosas são inúteis, a menos que haja uma correspondente vitalidade espiritual na alma. A confiança de Judá no templo, nos sacrifícios de animais, nos profetas, sábios e escribas, no sacerdócio e no sinal da circuncisão era completamente desprovida de sentido, sem a santidade e a dedicação da alma aos princípios espirituais (Jr 2.8;5.13;8.8). É preciso inscrever os princípios da lei no coração dos homens, e não meramente em alguma superfície escrita (Jr 31.13-34; 32.40). Se os símbolos externos fossem destruídos, isso não seria o fim do relacionamento de Deus com os homens (Jr 33.14-26). Por isso a promessa: eis que brotará de Davi "um Renovo de justiça", "e Ele executará juízo e justiça na terra"! A verdade é que o Senhor não precisa de símbolos e formalismos para se revelar ao Seu povo. Sua aliança com Seu povo continuaria, a despeito de tudo. Essa é uma verdade que os formalistas da igreja cristã ainda não conseguiram entender. No final de tudo, Jeremias vira brilhar um novo dia, que haveria de raiar, apesar da melancolia do momento. Destacam-se aqui dois pontos. Em primeiro lugar haveria uma restauração do povo à sua terra, no tempo certo (Jr 30.17-22;33.9-13). Em segundo lugar, haveria o estabelecimento do governo messiânico sobre Israel (Jr 23.5ss) e sobre todas as nações da terra (Jr 3.17;30.9).
Os homens, muitas vezes, ficam conformados às religiosidades externas, às cerimônias e às instituições (denominações). Porém a fé religiosa genuína é, essencialmente, uma condição moral e espiritual, em que a alma é unida à Deus (Jr 31.31-34).
O que extraímos das mensagens proféticas de Jeremias, lançadas ao povo de Judá, entre o quinto e o sexto século a.C e que se aplicam ao nosso tempo?
De nada adianta buscar a Deus, no templo, se o corpo que é templo e morada do Espírito Santo continuamente vive sendo profanado.
De nada adianta buscar a Deus no templo, se não se buscar santidade na conduta como discípulo de Cristo. Não adianta falar de santidade, é preciso exercitar todo o sentido, o significado e a amplitude de santidade nos dias de hoje. É preciso ser mais solidário não somente com os "domésticos da fé", mas com todos.É preciso abandonar as práticas de consumir CD e DVD pirata, de plagiar trabalhos acadêmicos, de falsear e de vacilar diante de situações de confronto. É preciso discernir espiritualmente e não mais frequentar ou permanecer em igrejas que continuam com as práticas de barganhas com Deus. Pois tudo aí parece ser permitido, em um sincretismo absurdo: campanhas com fitas coloridas, para se guardar ou se prender ao pulso, copos com água "consagrada" ("benzida"?) para ser bebida, cajados, rosas, e outros materiais, pois a lista é imensa. Em muitos cultos (reuniões, para eles) o que predomina é o "toma lá, dá cá", em um contexto amplo das barganhas com Deus. Assim como o Senhor advertia, através de Jeremias, continua hoje a advertir: cuidado com os falsos profetas, cuidado com os falsos pastores, cuidado com as falsas mensagens e as falsas profecias! Falsas porque se sustentam em promessas de bênçãos, apenas bênçãos! Para muitos, só são de Deus aqueles que "profetizam" o melhor para os da fé, nada de desemprego, nada de doenças ou enfermidades, nada de problemas e aflições! Muito cuidado, pois os que usam de admoestações e advertências sérias sobre pecados, desvios de conduta e necessidade de arrependimento não são levados à sério, tal qual Jeremias, que foi ignorado, desde o início, pelo povo, e depois perseguido e preso, pois não falava o que o povo queria ouvir. Outro ponto de destaque se relaciona ao fato de que o templo, as denominações, as campanhas, os ritos e os formalismos religiosos não asseguram, por si, serem de Deus! Cuidado, há muito culto e muita adoração equivocada e falsa! Fuja deles e delas!!! (Síntese da mensagem deste pastor levada à Comunidade no culto de domingo 21/02/2010)

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