NÃO PODEMOS DESFALECER. PROSSEGUIR É PRECISO..!

O apóstolo Paulo estava, inicialmente, defendendo o seu ministério apostólico, o serviço missionário que ampliou extraordinariamente a Igreja, mas 2 Co 4.1-18; 5.1-10 se aplica a todos nós, não somente a nossos ministérios cristãos ou eclesiásticos, mas a nossa vida, ao curso da nossa existência.
Como discípulos, temos uma vida relacional com membros do Corpo de Cristo e com todas as demais pessoas que nos cercam, independentemente de afetividades e interesses pessoais.
Em nossa caminhada diária enfrentamos obstáculos e confrontos de toda ordem e de todos os níveis, quer no âmbito pessoal, quer no profissional, inclusive no contexto da Igreja. Disso resulta que muitos são os que ficam à beira do caminho, perdem a confiança nos homens, perdem a fé em Deus. Muitas são as situações que ocorrem e nos tiram do sério!
O apóstolo ensina que existem três grandes situações espirituais que se opõem a nós:
1) A condição espiritual dos que nos cercam
O Evangelho está encoberto para os que se perdem. Eles amam as trevas, logo neles não há luz (4.3)
2) A influência do deus deste século
Há uma cegueira do entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Deus, que é a imagem de Deus (4.4.)
3) A fragilidade pessoal dos próprios discípulos de Cristo
Somos como vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós (4.7). Como vasos de barro, somos frágeis, quebradiços e fracos.
Em decorrência desse conjunto de forças espirituais que se opõem a nós, podemos lutar e enfrentar o inimigo, os adversários e as adversidades, e tanto podemos vencer quanto sermos derrotados; mas, provavelmente, seremos derrotados, pois as forças espirituais contrárias são fortes e terrivelmente destrutivas. Felizmente 2 Co 5.1-10 dá a CHAVE DA VITÓRIA para os que estão com o Senhor. Vamos analisar todo o texto e o contexto:
Quem é do Senhor, mesmo em meio às situações adversas, REAGE ASSIM (4.8,9):
1) Pode estar atribulado (contrariado, aflito), mas não angustiado (angústia é superlativo da ansiedade, agonia, aflição exacerbada).
2) Pode estar perplexo (espantado, indeciso, hesitante), mas não desanimado (desânimo é a perda da energia, do ânimo, da alma, da vontade de ser, fazer e viver)
3) Pode estar sendo perseguido, mas não se sente desamparado (desamparo é a ausência da provisão, da proteção, do apoio).
4) Pode até estar abatido (entristecido, caído), mas não se sente destruído (destruição é a condição do que está assolado, aniquilado, falido, exterminado, morto).
Por que espiritualmente isto é possível?
Porque resulta, em quem tem Cristo, A CERTEZA:
1) De renovação espiritual (4.16): Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa (enfraqueça, envelheça), o nosso homem interior se renova a cada dia.
2) Do eterno peso da Glória (4. 17): A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso da Glória (uma Glória eterna maior e abundante), acima de toda comparação.
3) Da fé (4.18): Pela fé “não atentando nós nas coisas que se vêem; mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
O QUE O SENHOR TEM RESERVADO PARA NÓS:
1) Ausentes do corpo, teremos a eternidade nos céus (5.1).
2) Enquanto no corpo, gememos, desejando sermos revestidos espeiritualmente da habitação celestial, para que o mortal seja absorvido pela vida (5.4).
3) O próprio Deus nos preparou para este propósito, dando-nos o Espírito como penhor (garantia) do que está por vir ( 5.5).
E mais... enquanto, ainda, estamos no corpo, DEVEMOS:
1) Ter BOM ÂNIMO: sabemos que enquanto estamos no corpo, estamos fora do Senhor. Pois vivemos pela fé, não pelo que vemos (5.6,7)
2) Preferir: estar ausente do corpo, e habitar com o Senhor. Pela fé, esta deve ser a nossa preferência (5.8)
3) Envidar todo o esforço PARA AGRADAR O SENHOR: quer estejamos no corpo, quer o deixemos (5.9).
4) Estar preparados para o TRIBUNAL DE CRISTO: todos nós iremos comparecer perante Ele, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas, quer sejam más (5.10).
Portanto, os que estão em Cristo não podem se deixar vencer pela adversidade,confrontos pessoais e profissionais que enfrentam. Não podem sequer temer a morte, pois a morte – estando nEle – é certeza de estar com Ele, para a eternidade.
Quem verdadeiramente é Dele, pode sentir-se até atribulado, contrariado, aflito, mas jamais angustiado; pode até sentir-se perplexo, espantado, hesitante e indeciso, mas jamais desanimado, pode até ser perseguido, mas não ao ponto de se sentir desamparado; finalmente, pode sentir-se, momentaneamente, abatido, mas jamais destruído!(Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 01/08/2010)

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