A BÊNÇÃO ALCANÇADA POR QUEM REDEFINE SUAS PRIORIDADES.

Ageu foi um profeta que, juntamente com Zacarias, incentivou os exilados que tinham voltado da Babilônia para reedificarem o templo. Em 538 a. C, o rei Ciro, monarca persa que conquistara a Babilônia, promulgou um decreto que permitia aos judeus voltarem para Jerusalém e reedificarem o tempo. Dirigidos por Zorobabel (judeu nascido na Babilônia, pertencente à casa real de Davi (neto de Joaquim, que foi levado cativo por Nabucodonosor em 597 a. C),cerca de 50 mil judeus viajaram de volta à Jerusalém e começaram as obras do templo. Em torno de dois anos depois (536 a. C) concluíram os fundamentos do templo, em meio a grande alegria. Mas isso provocou a ira  dos samaritanos e de outros povos vizinhos que se opuseram vigorosamente e conseguiram fazer cessar as obras até Dario tornar-se rei da Pérsia (522 a. C). Então no segundo ano do reinado de Dario, os profetas Ageu e Zacarias começaram a pregar para a reedificação por completo do templo. Este é o tema central de livro de Ageus que contém dois capítulos. E ele nos descreve que a culpa da interrupção da construção estava mais relacionada à inatividade dos judeus do que a própria ação de seus oponentes, por isso procura despertá-los do estado de letargia, exortando e motivando o povo para as consequências da desobediência (1.6,11;2.16,17) e da falta de prioridade à obra do Senhor, ressaltando que, ao contrário, quando o povo dá prioridade a Deus e à Sua obra (2.7-9,19), é abençoado e encontra a paz. A obediência atrai o ânimo e o poder do Espírito de Deus (2.4,5). Apendemos, então,  no livro de Ageu O QUE ACONTECE QUANDO
A OBRA DE DEUS NÃO É PRIORIDADE (1.2,4,9):
O próprio Senhor não diz mais “ o meu povo”, mas “este povo”. (v.2 a)
 Isto por que: O povo não considera prioridade o tempo para Deus (v. 4).
 Isto por que: O povo não considera prioridade o trabalho oferecido ao Senhor em Sua casa (v. 9 c)
Quando isso acontece muitas são as conseqüências geradas pela falta de prioridade na obra de Deus:
Primeira consequência: A obra de Deus permanece em ruínas (4 b, 9b). Arruina-se o crescimento, a comunhão perde a força e os relacionamentos se deterioram.
Segunda consequência: Há um atrofiamento espiritual geral, que a todos contamina ( v. 10,11).
Muitos esfriam na fé. Começam bem, mas logo se afastam. Poucos querem ser voluntários, poucos aceitam investir tempo e recursos na obra. Poucos se envolvem, estudando mais ou se aperfeiçoando para produzir melhor.
Não basta dar o suficiente para Deus, é preciso dar o que de melhor se tem. Temos estudado na Escola Bíblica sobre Dons (capacidades e aptidões outorgadas pelo Espírito Santo, a cada um para que possamos atuar espiritualmente nos serviços ao Senhor e ao outro). Qual ou quais os seus dons? Você sabe? Por que não aplica a serviço da Obra de Deus? Mas ao contrário, há tanto os que trabalham negligentemente e outros que usam a obra de Deus, a igreja e os ministérios como veículos de satisfação de interesses pessoais, que às vezes me parece que não estamos muito longe da situação vivida e descrita por Ageu.
GERALMENTE, AS OBRAS DO HOMEM (TRABALHOS E ATIVIDADES) NÃO CONTRIBUEM PARA PROPORCIONAR SATISFAÇÃO TOTAL:
1) Quando não se dá prioridade à obra de Deus, nosso trabalho pode até ser frutífero, mas não é abençoado (v.6)
2) Quando não se dá prioridade à obra de Deus, nossas expectativas são frustradas (v.9 a). Trabalhamos e muito, mas não somos devidamente recompensados e  o que ganhamos não é suficiente para suprir nossa necessidade.
3) Quando não se dá prioridade à obra de Deus, deixa-se de ler e meditar em Sua Palavra (v.7, 8). Não podemos fechar nossos ouvidos à voz de Deus. Saiba que Ele está pedindo que você O glorifique.
MAS NÃO É TARDE PARA RECONSIDERAR E REVER CAMINHOS:
1) É preciso atender a voz do Senhor (v.12 a) e reconhecer nossa negligência.
2) É preciso temer a voz do Senhor (v.12 c) e reconhecer que Ele é o Senhor de nossa vida. Portando devemos dar a devida prioridade a Ele, não por medo, mas por respeito, gratidão e amor.
3) É preciso começar a trabalhar (v.13,14), para tanto deve-se tomar atitudes práticas.
COMO, ENTÃO, PROCEDER PARA FAZER A OBRA DE DEUS (cap. 2):
É preciso ter fé e:
1) Crer que Ele é quem nos capacita e ajuda (v.4).
2) Crer no caráter extraordinário da obra dEle e em seus resultados gloriosos (v.6-9 b).
3) Crer que encontraremos a paz ( v.9 c)
4) Crer que nEle encontraremos a santificação (v.10-14)
5) Crer que reconheceremos a graça dEle (v.15-19).
CONSEQUÊNCIAS GERADAS PELA PRIORIDADE DADA À OBRA DE DEUS:
O Senhor agirá em nossas vidas de modo especial (v. 19 -22). De que forma?
1) Com bênçãos e prosperidade (v.19 b)
2) Eliminando nossos adversários ( v.22)
3) Dando-nos autoridade ( v.23)
Com Ageu aprendemos que Deus deseja que Seu povo se envolva com Sua obra. Isto não é tarefa – apenas – para os pastores. Não é à toa que na Comunidade atuamos segundo os dons e os ministérios em que todos, mas TODOS mesmo, devem estar mais envolvidos com os serviços que a obra requer. Muitas vezes, estamos tão preocupados conosco que nos esquecemos do Reino de Deus. Mas do Seu povo – ovelhas, líderes e pastores – Deus deseja:
- Diligência  e responsabilidade no serviço.
- Compromisso com Suas funções.
- Tempo, trabalho e dedicação.
- Persistência, coragem e disposição para prosseguir, sempre.
- Investimento na obra.
- Prática de oração e estudo da Palavra.
(Saiba que não importa como você é, se extrovertido ou introvertido, Deus quer que você:
- atue ministerialmente, servindo mais.
- participe efetiva e não passivamente, com mais presença, mais esforço, além de mais comunhão e mais oração).(Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 08/08/2010)

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