A CASA DE DEUS É LUGAR DE ENCONTRO COMERCIAL E SOCIAL OU DE COMUNHÃO E ORAÇÃO?

O texto de Mc 11.11,15-19 nos mostra que o templo foi transformado em ponto de interesse e encontros comerciais e sociais, mas não de adoração, razão por que Jesus retornou ao templo para purificá-lo. Jesus agiu com cuidado e zelo pela casa de Deus. O zelo do cristão, também, deve alcançar o zelo na igreja. A purificação do templo está vinculada ao uso que se faz dele, à sua finalidade específica. Como podemos purificar a igreja local?
I – A PURIFICAÇÃO DA IGREJA COMEÇA COM A OBSERVAÇÃO MINUCIOSA E PACIENTE (v. 11):
Existem pessoas que chegam em qualquer ambiente e se comportam de forma distraída, não observam o lugar, as pessoas; o visível e tangível não é muito observado, quanto mais o invisível, espiritualmente falando. Devemos nos habituar a tudo observar e a avaliar com justiça. Jesus chegou e observou tudo, mas foi comedido e paciente, afinal já era tarde e Ele preferiu não agir logo, e esperou pelo momento apropriado. Foi, então, para Betânia, uma aldeia a 2,8 km de Jerusalém, para pernoitar; somente na manhã seguinte retorna a Jerusalém e  foi direto ao templo.
II – A PURIFICAÇÃO DA IGREJA EXIGE POSICIONAMENTO ENÉRGICO (v. 15): No templo, Jesus não vacilou e passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Assim devemos fazer: quando for o tempo e a hora, não podemos vacilar, não pode haver melindres, mas zelo.
III – A PURIFICAÇÃO DA IGREJA VISA: 
   - ACABAR COM O USO INADEQUADO DO TEMPLO (v.15): O templo não é lugar de comércio, não é plataforma política, não é campo de oportunidades pessoais; o templo é lugar de oração e ensino da Palavra de Deus.  
  - ACABAR COM OS CULTOS DE ADORAÇÃO MECÂNICA  (v.15): O que havia? Pessoas estavam comprando seus sacrifícios, encomendando seus cultos. Não existiam mais sacrifícios de louvor, mas uma obrigação, um ritual a ser seguido. 
  - ESTABELECER ORDEM E REVERÊNCIA (v.16): No templo havia muita gente levando os utensílios  de um lado para o outro. Entre nós, hoje, muitas são os que ficam conversando nas igrejas, outros mais transformam o salão em ponto de encontro para desfile de roupas novas, paqueras. É preciso restabelecer ordem e decência na Casa de Deus. 
  - TRANSFORMAR O TEMPLO EM LUGAR DE ORAÇÃO (v.17): Infelizmente se o ambiente se transformou em covil de vendedores de sonhos, se a igreja está mais para o ambiente de show de milagres, do que para casa de oração, é imperioso promover a transformação esperada por Jesus, pois a poluição sonora e a frieza espiritual reinantes não inspiram oração e paz de espírito.
Isto posto, concluímos que:
- o princípio da santificação está no temor ao Senhor (v.18b). 
Razão por que:
- não devemos ser legalistas, mas fieis e zelosos guardiões do Evangelho.
- não queremos reduzir nosso relacionamento com Deus à igreja, mas queremos incluir o templo e a igreja nele.
Jesus tentou desenvolver o Seu ministério na cidade de Jerusalém, e purificou o templo, com o propósito de limpar o caminho para que Ele pudesse estar em Sua casa. Aquele templo estava poluído. Era a casa de Deus; no entanto, havia muitos mercadores ali. Então, o Senhor tenta fazer da casa o que realmente era, uma Casa de Oração. Então, ele diz: «vós, porém a tendes transformado em covil de salteadores" (v. 17b).
A cristandade tomou tantas coisas do modelo judaico, que a história praticamente se repete; muitos dos enganos que cometeram os judeus  cometem os cristãos: um livro sagrado, um lugar sagrado, um sistema sacerdotal, um conjunto de tradições que têm tanto valor como a palavra de Deus. Isso é o que acontecia com os judeus; isso é o que ocorre hoje em dia com a cristandade. Então, qual é o trabalho do Senhor hoje por Seu Espírito? Na iminente  vinda do Senhor Jesus Cristo, Ele está trazendo uma renovação profunda, não só de coisas externas, mas também do essencial; uma absoluta mudança de direção, de tal maneira que Cristo possa ter outra vez a Sua igreja como Ele a planejou, onde seja o centro, o meio e os extremos, onde Ele seja tudo em todos.  Não necessitamos nada mais além de Cristo. Não necessitamos de um tipo especial de vestimentas, nem de um discurso neopentecostal mais entusiasmado. Não necessitamos absolutamente de mais nada, porque Cristo é suficiente, porque Ele é a vida, a verdade, o caminho, o início e o fim! A verdade é a realidade, não a aparência. Com Ele não há uma alegria externa, mas uma alegria mais profunda. Com Ele não há uma vida de aparências, mas uma vida real, que surge da ação do Espírito Santo na vida daquele e daquela que crê! Deus está restaurando a Sua Igreja conforme o Seu modelo. E o Seu modelo é o de uma Igreja cheia de Graça e de Conhecimento de Sua Palavra! (Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 26/02/2012). 

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