A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS: SEU SENTIDO E SIGNIFICADO!

O capítulo 15 do Evangelho segundo Marcos nos narra uma triste sequência de dor e sofrimento por que passou Jesus Cristo: julgamento por Pilatos, sua condenação e crucificação, além de seu sepultamento. Desejo refletir sobre a crucificação. É preciso não se perder o foco sobre a verdade da cruz. É preciso que sejam despertadas em nós as emoções dos sofrimentos por que passou Jesus crucificado:
I – O INÍCIO DO SOFRIMENTO
Jesus começou a carregar a cruz como se exigia dos condenados. Fragilizado, exausto, após as muitas chicotadas, caiu sob o peso do madeiro. Os romanos, então, obrigaram Simão, um judeu de Cirene a carregar-lhe a cruz. E assim Jesus é levado ao Gólgota, colina situada fora da cidade de Jerusalém. Segundo o costume, deram-lhe uma mistura de vinho com mirra, na tentativa de aliviar os sofrimentos, mas Ele não aceitou.
II – CRAVADO NA CRUZ MORRE APÓS SEIS HORAS DE DORES E AGONIA
Foi na terceira hora judaica (9 horas da manhã) que pregaram Jesus no madeiro. Os sofrimentos se prolongaram até a nona hora judaica (3 horas da tarde). A crucificação era uma morte lenta e dolorosa, e a vítima podia ficar assim até por 36 horas. Mas Jesus suportou intensamente seis longas e terríveis horas de dor e sofrimento. Suas roupas foram divididas entre os algozes. Sendo o manto feito de uma só peça, lançaram sortes para saber a quem caberia. À humilhação sofrida por Ele nas últimas horas com a traição de um discípulo, a farsa do julgamento, a condenação das autoridades religiosas e do procurador romano, os apupos da multidão, a preferência por Barrabás, sendo anistiado, seu desnudamento e a violência das marteladas dos cravos em seus pulsos e pés, o abrupto puxão da cruz sendo enterrada no chão, soma-se o espólio de suas vestes. Mas isso, também, aconteceu em cumprimento à promessa messiânica (Sl 22.16-18).
Sendo colocado ao lado de dois ladrões/malfeitores fica evidente aos olhos daqueles que ali se encontravam, aos pés da cruz, a sua condição de vergonha e degradação, principalmente por que, por ironia, ainda lhe cravaram na cabeça uma coroa de espinhos, e uma inscrição de que era “o Rei dos Judeus”. Ali aos pés da cruz identificamos algumas pessoas com três tipos de atitudes:
Primeiro grupo de pessoas: cercado de apatia e indiferença. Era formado pelos soldados que estavam em mais uma missão a serviço do império romano; ali eles tiravam sorte para saber quem seria contemplado por aquele lindo manto. Esse grupo tipifica os que vivem como se Cristo nunca tivesse existido.
Segundo grupo de pessoas: movido pela simpatia e solidariedade. Era formado pelas mulheres que acompanhavam Jesus. Este grupo tipifica os que são – verdadeiramente - fiéis seguidores de Cristo, e se posicionam junto a Ele em qualquer situação.
Terceiro grupo de pessoas: impelido por antipatia e oposição. Era formado pelos líderes religiosos e anônimos que se aproximavam de Jesus para zombar e dEle tripudiar. Este grupo tipifica os que fazem oposição sistemática a Deus, Sua Palavra e Seus princípios.
III – A MORTE DE CRUZ: SENTIDO, SIGNIFICADO E DOUTRINA.
A morte de Jesus Cristo na Cruz é descrita como:
1) EXPIAÇÃO: a palavra “expiar” no hebraico tem o sentido de “cobrir”. Expiar o pecado é, então, cobri-lo da vista de Deus, de tal forma que não mais lhe provoque a justa ira. Na expiação o pecado é apagado, removido, lançado do fundo do mar, e perdoado. A morte de Cristo é expiatória, pois nos remove os pecados ( 1 Pe 2.24; 2 Co 5.21).
2) PROPICIAÇÃO: Propiciar é aplacar a justa ira de Deus mediante a oferta de uma dádiva. Em Sua misericórdia, Deus aceita a dádiva e restaura o pecador. Cristo é descrito como uma propiciação (1 Jo 22; Rm 3.25). O acesso a Deus foi comprado por Cristo, mediante Sua morte de cruz. Em nome dEle, podemos nos aproximar do Pai.
3) SUBSTITUIÇÃO: Os sacrifícios no AT visavam substituir o ofertante: representavam o pecador diante do altar, pagavam o que o homem do antigo pacto não podia pagar. Da mesma forma, Cristo ao morrer na cruz, o fez em nosso lugar. Rm 5.6: “Porque Cristo, quando éramos ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”.
4) REDENÇÃO: Redenção é o livramento de algum mal ou servidão mediante o pagamento de um preço ou resgate. O preço é o sangue de Jesus derramado na cruz (Ef 1.7). Redimir significa comprar de volta mediante o pagamento de um preço; soltar da escravidão pagando o devido preço. A obra de Jesus é descrita assim como redenção ou resgate (Mt 20.28; Ap 5.9; Gl 3.13; 1 Pe 1.18,19)
5) RECONCILIAÇÃO: A obra de Cristo é de reconciliação na remoção da inimizade, transpondo uma desavença de tal maneira que se restaure um relacionamento bom e correto. Cristo morreu na cruz para afastar o pecado e desse modo abrir caminho para a verdadeira reconciliação entre o homem e Deus.
Assim, algo extraordinário acontece quando Cristo expira na Cruz,
- SUA MORTE cobre a multidão dos pecados (morte expiatória);
- SUA MORTE produz propiciação ( representa a dádiva concedida por Deus).
- SUA MORTE constitui sacrifício vicário (morte substitutiva), pois Ele morre em nosso lugar.
- SUA MORTE produz redenção (livramento por resgate).
- SUA MORTE gerou reconciliação (o homem pecador tornara-se inimigo de Deus, mas por Jesus, se reconcilia com Deus).
Enfim,
- SUA MORTE traz VIDA aos que Nele crêem! Pense nisso! (Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 12/02/2012).

Comentários

Unknown disse…
Uma correção, Jesus nunca caiu. A biblia fala que Cirineu foi chamado para ajudar Jesus levar a cruz, e não que ele tenha caido.
saudades disse…
Definitivamente foi num MADEIRO que Cristo morreu.
Madeiro está de acordo com as profecias.
A forma desse madeiro é acidental e sem significado de maior.
Mesmo que o madeiro tenha tido a forma de uma cruz muito bonita é condenável substituir o madeiro por cruzes de ferro, pedra, ouro ou qualquer outra coisa que não seja MADEIRA.
A «adoração da cruz» é um ato de IDOLATRIA, pregado e praticado pela igreja católica romana.
Unknown disse…
A cruz para os católicos não é ato de idolatria e sim um símbolo para nunca esquecermos o quanto ele sofreu por nós

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