OS DISCÍPULOS DE CRISTO SÃO CHAMADOS À ORAÇÃO E À VIGILÂNCIA... MAS MUITOS RESISTEM E DORMEM!

Em Marcos 14.32-42 há a descrição dos últimos instantes da humanidade de Jesus, já no Getsêmani, antes do beijo da traição de Judas e da prisão que O levaria a julgamento, sentença e morte por crucificação. No v. 43 lemos que Jesus estava com os discípulos, menos um, pois Judas já não estava ali, mas saíra ao final da Ceia, quando o Senhor olhou para ele e falou: “o que tens para fazer, faze-o logo” (Jo 13.27). Ali no Getsêmani é possível vislumbrar três momentos vividos por Jesus na companhia dos discípulos:
PRIMEIRO MOMENTO: A ORAÇÃO SECRETA 
Dentre 11 discípulos Jesus escolhe 3 para ir com Ele mais adiante e orar. Desde o início eram 12 os discípulos. Mas o que O trairia não estava ali, então restaram 11, mas Jesus escolhe apenas 3 para ir com Ele, mais adiante para orar em secreto, Pedro, Tiago e João. Mesmo assim, deixa-os um pouco atrás e vai sozinho orar. Não sem antes, afirmar a eles que se encontrava muito triste e angustiando e que ficassem ali vigiando e orando. Há fardos e problemas que não podemos compartilhar com os outros. Mas é certo que devemos saber que não é necessário que somente quando vem a crise, sejamos forçados a buscar a presença de Deus. Sempre é importante ficar a sós com Deus em algum lugar:     “ Tu, porém, quando orares, entra em teu quarto” (Mt 6.6).
SEGUNDO MOMENTO: A GRANDE ENTREGA
“Não seja o que eu quero, mas o que Tu queres”: afirmando isso Jesus se entregou totalmente ao Pai. Submetendo-se à vontade de Deus, busca-se segurança e paz, mas quando nos opomos à essa vontade há como consequência muita dor e  tristeza. Às vezes não buscamos o pecado diretamente, mas buscamos o próprio Eu. Passamos a impressão que estamos abrindo mão de muitas coisas por amor a Deus, mas não é assim, pois a última coisa que abandonamos é a vontade própria. Às vezes também pensamos que estamos fazendo a vontade de Deus quando, de fato, procuramos identificá-la com aquilo que desejamos ter. Por um tempo, podemos nos iludir a nós mesmos, mas a nossa vida fica fora da harmonia com os nossos melhores interesses, e mais cedo ou mais tarde sentiremos dor. Nos momentos críticos de Sua existência humana, Jesus harmonizou Sua vontade com a vontade de Deus. A desobediência de Adão fez do paraíso um deserto, mas a obediência de Jesus transformou o deserto em paraíso e fez do Getsêmani a porta para o céu. Conta-se que certo pastor que estava em fase terminal, bastante enfermo, foi questionado por um amigo se achava realmente que estava à beira da morte, e respondeu: “Realmente, meu amigo, pouco me importa. Se eu morrer, estarei com Deus; se eu viver, Deus estará comigo”.
TERCEIRO MOMENTO: VIGILÂNCIA E VITÓRIA SOBRE A TENTAÇÃO
A vigilância é tão necessária como a oração. O inimigo é sutil e não nos avisa da ocasião, nem do método de seu ataque. Ele possui muitas e variadas maneiras de fazer as pessoas tropeçarem. Para quem é mais grosseiro e rude, ele assim age. Mas se souber que uma tentação é muito grosseira para nos fazer cair nela, escolherá uma forma com a aparência mais respeitável e refinada. É muito importante que você conheça a si mesmo. A vigilância inclui o conhecimento dos nossos pontos fracos e fortes. Muitos insistem em esquecer os pontos fortes, exatamente por confiar que são fortes. Mas se conhecermos a história das civilizações, saberemos que muitas fortificações foram tomadas por inimigos, porque a fortificação parecia inexpugnável e nunca seria tomada! Vejamos os "pontos fortes" de alguns homens de Deus, revelados na fidelidade de Abraão, na humildade de Moisés, na sabedoria de Salomão, e na lealdade e coragem de Pedro:
O fiel Abrão desconfiou da providência de Deus.
O humilde Moisés perdeu a paciência com o povo.
O sábio Salomão se entregou às futilidades e vaidades da vida palaciana.
O leal e corajoso Pedro foi tomado pela surpresa, acovardou-se, negando o Senhor.
A tentação é comum a todos os homens, mas é possível não sucumbir a ela. O cristão que fracassa diante de uma tentação não pode dizer que ela era forte demais para ele, mas que ele se encontrava fraco demais para ela. A garantia de que não estamos forçados a sucumbir à tentação já é, em si mesma, fonte de fortaleza. Como vencer a tentação?
1)      Evite as oportunidades: Mesmo quando permanecemos no centro da vontade de Deus, o diabo pode nos tentar. Se porém sairmos da vontade divina, e entrarmos no território do diabo, poderemos ser alvos fáceis, pois estaremos nos convidando á tentação.
2)      Resista aos começos: É melhor não começar; é melhor não mexer nem provar. Muitos são os que se sentem livres para começar, mas não se sentirão livres para deixar.
3)      Ocupe seu coração e sua mente com o que é bom e sadio, não dando lugar ao mal: Devemos nos vincular a uma causa que consuma todas as nossas energias. Encher a  mente com bons pensamentos impedirá que floresçam os maus pensamentos; preencher a vida com atividades boas expulsará as atividades más de nosso ser. 
4)      Ore: Se conhecêssemos de antemão a natureza e o tempo de uma tentação, poderíamos nos preparar para ela. Mas não é assim que acontece, pois as provações e as tentações geralmente chegam sem aviso prévio. Como, então, poderemos nos fortalecer de antemão? A resposta é uma só: pela oração, no exercício da constante vigilância.Se os apóstolos soubessem da natureza do teste que iriam enfrentar poderiam estar prontos para enfrentá-lo, se tivessem orado com todo o fervor como Jesus! Mas não, eles não obedeceram a Jesus que falou que deveriam ficar ali, vigilantes e em oração. Não somente não fizeram isso, mas adormeceram! E você como está? Permanece como Cristo no Getsêmani, orando e vigiando, ou está como os discípulos Pedro, Tiago e João, que dormiram! Atente para mais esta verdade na caminhada com Cristo: pela oração regular, armazenamos forças para enfrentar e superar os conflitos da vida! Portanto, vigie e ore, não durma! Pense nisso! (Reflexão com base em sermão proferido na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 26/08/2012).  

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