OS FUNDAMENTOS DE UMA VITÓRIA QUE TODO CRISTÃO PRECISA ABSORVER E PRATICAR!

Depois da morte do sucessor de Moisés, o grande líder Josué, o povo de Israel passou por mais de três séculos em que "não havia rei em Israel; cada um fazia o que bem queria" (Juízes 17.6; 21.25). Durante esse período, repetiu-se um mesmo ciclo: o povo obedecia a Deus por algum tempo e, depois, afastava-se do Senhor. Como alerta ao povo rebelde, Deus permitia que um inimigo o oprimisse. Quando o povo se arrependia e pedia libertação, Deus mandava juízes para livrá-lo das mãos dos inimigos.  O povo resgatado servia ao Senhor durante o resto daquela geração, assim começando, de novo, o ciclo. Gideão foi o quinto dos juízes ou libertadores, apresentado em Juízes, capítulos 6, 7 e 8. Da vida dele, podemos aproveitar muitas lições valiosas.
I – UM HOMEM TÍMIDO, MAS PARA DEUS UM HOMEM VALENTE?
Os midianitas oprimiram os israelitas por sete anos. Eles vinham a cada ano e tomavam os alimentos dos campos e todos os animais dos hebreus. Para sobreviver, os israelitas os escondiam do inimigo. Gideão estava preparando comida para escondê-la quando o Anjo do Senhor apareceu. Imagine este homem, trabalhando com medo do inimigo, quando ele ouviu as palavras do Anjo: "O Senhor é contigo, homem valente" (Juízes 6.12). Pela resposta de Gideão, ele não se deteve em pensar na expressão "homem valente". Ele entrou em uma discussão com o anjo sobre a presença de Deus. Ele não entendeu como Deus, estando com o povo, deixaria Israel sofrer. Deus continuou a conversa, desafiando Gideão a resolver o problema. Já que ele duvidou da presença de Deus, devia ir com sua própria força (Juízes 6.14). Mas aí  Gideão, se sentiu tão incapaz que procurou uma saída da missão dada por Deus. Ele explicou que era uma pessoa pequena de uma família insignificante de uma tribo pouco importante. Gideão não veio ao Senhor como homem valente, mas Deus ia fazer dele um líder corajoso. A força verdadeira do servo do Senhor não vem de si mesmo, e sim de Deus. Ninguém é forte o bastante para resolver seus próprios problemas sozinho, especialmente quando falamos sobre nosso problema principal: o pecado. Os homens valentes, hoje em dia, são aqueles que confiam no Senhor.
II – QUEM ESTÁ COM DEUS, FORTALECIDO ESTÁ.
Nas conversas com Gideão, Deus afirmou sua presença diversas vezes. Inicialmente,  ele afirmou por palavras: "Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem" (6.16). Depois, Ele afirmou por sinais. Antes da primeira missão de Gideão, Deus lhe deu um sinal impressionante, fazendo com que o Anjo fizesse subir fogo para consumir a oferta de Gideão. Enquanto pessoas faziam ofertas ao Senhor todos os dias, era muito raro o próprio Senhor mandar o fogo para consumi-las. Antes de sua segunda missão, Gideão recebeu mais três sinais. Deus deixou o orvalho molhar uma porção de lã sem molhar a terra em volta dela (6.36-38). Na noite seguinte, ele fez ao contrário, deixando a lã seca no meio de terra molhada ( 6.39-40). Nas vésperas da batalha, Deus permitiu que Gideão ouvisse uma conversa entre dois soldados midianitas, confirmando a sua vitória iminente (7.9-15). Por último, Deus afirmou sua presença através de promessas cumpridas, principalmente no livramento do povo pela mão de Gideão (6.16; 7.7,22; 8.10-12). As demonstrações de Deus foram convincentes. Gideão foi transformado, de tímido a um homem destemido e corajoso! Mas, acima de tudo, importa que nos lembremos que a maior bênção é a presença do Senhor em nossas vidas.
III – PARA ALCANÇAR VITÓRIA, O AVIVAMENTO DEVE COMEÇAR EM CASA
Uma vez que Deus chamou a atenção de Gideão, ele lhe deu a sua primeira missão: destruir os ídolos do próprio pai e fazer um altar ao Senhor no mesmo lugar (Juízes 6.25-26). Gideão levou dez homens consigo e cumpriu a ordem do Senhor na mesma noite. Os vizinhos ficaram irados, mas o pai de Gideão entendeu o significado de seu ato e o defendeu. A nossa missão, como a de Gideão, começa em casa. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Deus destaca as nossas responsabilidades em relação à própria família. Filhos devem obedecer e honrar aos pais (Efésios 6.1-3), maridos e esposas devem amar um ao outro (Efésios 5.25; 1 Pedro 3.7; Tito 2.4-5), pais devem instruir os filhos, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor (Deuteronômio 6.6-7; Efésios 6.4). Um dos alvos de cada filho/filha de Deus é de influenciar sua família para servir ao Senhor (Josué 24.15).
IV – NA BATALHA, DEUS DÁ A VITÓRIA!
Chegara o dia da grande batalha (Juízes 7) e Gideão conduziu seu exército de 32.000 israelitas para o campo de conflito contra 135.000 midianitas. Sua desvantagem militar era de 4 contra 1! Deus não deixou Gideão entrar na batalha com este número de soldados. Em duas etapas, ele diminuiu a força militar de Israel. Primeiro, 22.000 voltaram para casa, e os midianitas ficaram com uma vantagem de 13,5 contra 1. Na segunda etapa, Deus mandou embora mais 9.700 israelitas, deixando Gideão com apenas 300 soldados. Para vencer o inimigo, cada soldado israelita teria que vencer com uma desproporção absurda de 450:1. Ou seja, 1 homem judeu para cada grupo de 450 midianitas! Deus, na sua perfeita sabedoria, tinha um propósito bem definido nesta redução das forças militares de Israel. Ele mandou seu exército à batalha com uma desvantagem tão grande que ninguém poderia dizer: "A minha própria mão me livrou" (Juízes 7.2). Usando uma estratégia que não fez nenhum sentido, em termos militares, o pequeno grupo de israelitas venceu o exército dos midianitas.
Até hoje, muitos são os que não aprenderam esta lição. Confiam em números, achando que grandes multidões são evidência da aprovação de Deus. Dependem de estratégias e táticas humanas e carnais para alcançar alvos de crescimento de igrejas. E, no fim, se orgulham de seus relatórios, destacando os grandes feitos de homens. Muitos missionários e outros líderes religiosos, como os midianitas, confiam nos grandes números e nas táticas humanas (igrejas promovendo atividades não espirituais para aumentar sua frequência, ensinando mensagens diluídas que parecem ser mais relevantes aos seus ouvintes do que a mensagem da cruz, destacando edifícios impressionantes para atrair pessoas que não aceitariam a chamada simples de um Salvador humilde, e assim por diante). Mas, os verdadeiros servos de Deus não desviarão para tais caminhos errados. E como o apóstolo Paulo possamos afirmar que "mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo" (Gálatas 6.14). 
V – ALERTA: EM UMA BATALHA, SÃO REJEITADOS OS QUE FICAM EM CIMA DO MURO!
Gideão e seus homens cansados perseguiram os midianitas (leia Juízes 8.1-21). Quando os soldados israelitas passaram nas cidades de Sucote e Penuel, pediram pão. Os homens dessas cidades não mostraram coragem para tomar uma atitude durante a batalha. Com medo de ofender os reis dos midianitas, eles recusaram ficar em pé com os homens de Deus. Só depois da batalha, quando baixar a poeira, apoiariam os servos do Senhor. A decisão desses homens mostrou uma preocupação política ao invés de convicção espiritual. Pensaram mais na influência de homens importantes do que na palavra do Senhor. Gideão não aceitou tal postura. Ele voltou às mesmas cidades e castigou os covardes que recusaram apoiar os servos do Senhor na hora da batalha. Hoje, muitas pessoas religiosas que alegam serem discípulos de Cristo demonstram a mesma covardia. Paulo, entretanto, nos ensina que o cristão deve sempre definir a sua posição pela Palavra de Deus, e não pela opinião da maioria: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1.10).
Finalmente, importa saber que Gideão será lembrado como exemplo de fé (veja Hebreus 11.32). Sua grandeza não se encontrava na sua força física, nem na inteligência, tampouco em sua autoconfiança. A Bíblia não comenta sobre sua aparência física nem sobre seu jeito de falar. Gideão se destacou na História, não por ser um grande homem, mas por ter um grande Deus. Ele sim é capaz de transformar os fracos, os tímidos e os abatidos em homens valorosos e destemidos a fim de garantir grandes vitórias ao Seu povo.
Para haver vitória, a igreja não precisa de muitos. Gideão venceu um exército de 135.000 homens com apenas 300 valentes. Estes eram homens sem medo de confessar sua fé, homens que testemunharam com a vida os princípios que receberam do Senhor e que clamaram a Deus pelo Seu povo. Eram eles homens que não buscavam para si, nem se impressionaram com exibições espirituais, mas desejavam uma experiência profunda com Deus. Eram homens que não deram lugar aos ídolos em seus corações, nem em suas casas. Se você tomar esta posição vai haver uma revolução espiritual em você, que pode gerar um avivamento en sua comunidade e, para a Glória de Deus, repercutirá na sociedade em que vive! Pense nisso! (Reflexão com base em mensagem anunciada na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo 27/01/2013).

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