A MORTE QUE TRAZ VIDA E OS ENSINOS DA PARÁBOLA DO GRÃO DO TRIGO!

Em João 12.20-26 há um pequeno episódio em que Jesus expõe uma simples parábola, com profunda e grande complexidade. Para entendermos toda a questão convém assumir que o capítulo 12 de João descreve o fim do ministério público de Cristo. Dos capítulos 13 ao 17, Jesus está sozinho com Seus discípulos; o mundo O excluíra. Sua parábola sobre o grão de trigo surgiu do pedido dos gregos, ou gentios, que queriam “ver a Jesus” (v.21b). Eles foram ao discípulo Filipe e fizeram o pedido. Na sequência, este foi ao encontro de André e ambos foram ao Mestre, com os homens. Jesus, ao perceber a aproximação daqueles homens, que sabia não pertencerem ao judaísmo, anunciou que “a hora marcada por Deus para Sua glorificação (morte terrena e Ascenção ao Pai) havia chegado”.Não somente Ele viera para dar Sua vida pelos judeus, mas também pelos outros (gentios) (Jo 10.16-19). E agora que aqueles homens foram até a Ele, marcava que o fim de Sua missão estava chegando, posto que esses gregos seriam os primeiros frutos do grande rebanho da humanidade e a presença deles representava os primeiros momentos da hora fatal, mas gloriosa.
Vejamos, então, todo o sentido e o significado da parábola do grão de trigo que Jesus anuncia, na sequência:
Para o simples grão de trigo produzir uma boa colheita, precisa cair na terra e morrer. Por si mesmo, o grão de trigo permanece um simples grão; mas, se cair na terra, a natureza o multiplica. Da morte surge a vida. Uma colheita vem de um grão.
Fazendo uso de uma lei natural, Jesus ilustra o que acontece semelhantemente no mundo moral e espiritual. Somente se o grão for enterrado na terra, o gérmen pode brotar e produzir folha, talo e espiga. A morte resulta em verdadeira vida, pois libera o poder vital interior que a casca, até então, escondera. Esse poder vital multiplica-se em sucessivos grãos e vestirá todo o campo com a colheita de frutos.
A lei da vida, espiritualmente falando, surge da morte ao mundo moral.
Se a vida é amada, simplesmente por si mesma, está perdida! Egoísmo e amor próprio nunca resultam em abençoada colheita aprovada por Deus.
Mas se a vida está perdida no bem estar dos outros, então essa vida perdida é salva e mantida!
Mas a generosidade, contudo, quer no andar diário de serviço aos outros, quer na entrega desinteressada, por tudo o que somos e temos em Deus, obtém sempre uma abundante colheita!
A expressão “é chegada a hora” aponta para o Calvário, quando Jesus, como divino grão de trigo, foi semeado e morreu tanto pelos judeus quanto pelos gentios, que estavam sujeitos ao príncipe deste mundo (João 8.44; Romanos 2). Jesus sabia que através da morte terrível de cruz (Mateus 26.39) seria capaz de atrair a Si TODOS os homens.
Ele considerava Sua própria morte um caminho escuro que deveria ser trilhado, a fim de que as multidões, que ninguém consegue contar, pudessem caminhar para a glória.
Enquanto vivo e continuando entre os homens, Jesus seria como um grão de trigo e teria em seu gérmen a vida para todos, que não seria liberada. Mas por Sua morte e ressurreição, brotou e houve imediata colheita. A partir do dia de Pentecostes e até os dias atuais, milhares e milhões, em todo o mundo, têm se rendido aos pés de Cristo e aceitam-no como Senhor e Salvador!
Saibamos todos que SE VIVERMOS PARA NÓS MESMOS, VIVEREMOS EM VÃO!
MAS SE VIVERMOS PARA CRISTO, VIVEREMOS OUTRA VEZ!
Relendo o texto, mas na linguagem de hoje - NTLH - (v.24-26) (“Se um grão de trigo não for lançado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas se morrer dará muito trigo. Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira. Quem quiser me servir siga-me; e onde eu estiver, ali estará esse meu servo. E o meu Pai honrará todos os que me servem”).
Alguém que recebe a Cristo como Senhor e Salvador é um pecador arrependido que busca sua salvação. Mas para ganhar a vida verdadeira, com Cristo, precisa ser lançado à terra e deixar sua velha natureza morrer! Se isso acontecer, ele perde a “casca” e “morre” para as coisas do mundo, que até então julgava importante, e “nasce” para as coisas espirituais, sendo guiado por Deus.
A vida egoísta, cuja circunferência e centro é o próprio eu, é uma vida inútil e isolada; mas a vida de doação em Cristo, que tem Deus e os outros como o centro e a circunferência de vida e trabalho, é uma vida frutífera, tendo em vista a multiplicação de nossa influência e a colheita de almas a nos saldar diante do Tribunal de Cristo (1 Tessalonicenses 2.19,20)!
Finalmente, para pensar e repensar: A vida do eu é morte; a morte do eu é vida! (Reflexão com base em mensagem anunciada na Comunidade, por este pastor, no culto de 09/06/2013). 

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