A ESSÊNCIA DO CARÁTER DO DISCÍPULO DE CRISTO!
Em Efésios 4. 17-32 o
apóstolo Paulo retrata o caráter moral dos gentios e ímpios, e faz um paralelo
com os cristãos, que mais do que crentes, precisam ser discípulos:
I
– O CARÁTER MORAL DOS QUE VIVEM NO MUNDO SEM DEUS (4.17-19):
Os que não são
discípulos de Cristo, assim se comportam:
- andam
na vaidade de seus sentidos;
- estão
entorpecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há
neles e pela dureza do seu coração;
- perderam
todo o sentimento, se entregaram à dissolução e com avidez cometem diariamente
toda sorte de impurezas.
II
– O CARÁTER MORAL DOS QUE SÃO DISCÍPULOS DE CRISTO (4.22-32):
Os que são de Cristo
– não necessariamente os que estão em igrejas cristãs – mas os que assumem
posturas diárias que caracterizam os discípulos de Cristo, assim se comportam:
RENUNCIAM A DESEJOS:
Se despojaram da velha natureza, lançaram fora esses desejos, tal qual faz
alguém quando tira uma roupa suja (v.22); o velho homem se refere à natureza
pecaminosa herdada do primeiro homem. Essa natureza é corrompida e inspirada
por desejos que levam o homem à armadilhas e os destroem. Os desejos pelo ganho
levam à avareza; os desejos pelo prazer tornam as pessoas sensuais. Cada desejo
que deixa Deus de fora é algo pecaminoso. O discípulo arranca de seu coração
esses desejos, pois o afastam de Deus.
PROCURAM PENSAR CORRETAMENTE:
Se renovam no espírito de seu sentido (v.23). Como alguém pensa no coração,
assim é. O discípulo deve dirigir seu pensar de acordo com o ensino de Cristo,
pois somente assim terá a “mente” de Cristo”.
BUSCAM A VERDADEIRA JUSTIÇA E
SANTIDADE: (v. 24) No princípio, Deus criou o homem à sua
própria imagem; mas aquela imagem foi danificada pelo pecado, somente é restaurada
quando uma pessoa nasce de novo.
PROCURAM A VERDADE NO FALAR:
(v, 25) O discípulo deve falar a verdade integral, sem distorção ou exagero; a
palavra de um discípulo de Cristo deve ser a sua obrigação firme. Não nos
esqueçamos que a falsidade traz muita confusão nos relacionamentos humanos.
TÊM BOM HUMOR
(v. 26): a ira não pode nos levar ao pecado. Muitas vezes, a indignação nasce
em um caráter cristão forte quando não suporta o pecado ou a hipocrisia. Mas, a
ira não pode nos conduzir até o final do dia; no mais o que resta é o bom
humor. Certamente que há casos em que a ira se torna pecaminosa, por exemplos –
quando é incapaz de ser governada; quando interfere com o amor; quando se torna
permanente; quando é egoísta; quando dá a Satanás oportunidade para atuar.
PROCURAM VIVER EM HONESTIDADE (v.28): Vista em um sentido mais amplo, esse viver implica em três vertentes, a honestidade, propriamente dita, o esforço físico e a generosidade. Vejamos por partes: A HONESTIDADE - O furto
é tão comum como o mentir. O vendedor que dá pesos e medidas incompletas é um
ladrão. O trabalhador que deliberadamente negligencia seu trabalho é um ladrão.
O discípulo de Cristo é honesto. O ESFORÇO - O discípulo é trabalhador. Saiba você que a corrupção geralmente segue após a inatividade e a preguiça. O homem
preguiçoso é geralmente mentiroso, descuidado e indigno de confiança. A GENEROSIDADE – O discípulo deve ser generoso,
deve fazer o que é bom. Contribuições generosas em obras de caridade não
compensarão os males das riquezas ganhas desonestamente.
SE DISPÕEM À CONVERSAÇÃO SANTA
(v. 29,30). O discípulo procura ter sempre conversas edificantes e que façam melhorar os níveis de relacionamentos. Por isso, todo o cuidado com zombarias que reduzem o valor de nosso próximo; cuidado
com conversas maliciosas que procuram diminuir as pessoas;cuidado com palavras
sugestivas de indecência; cuidado com as piadas e gracejos bobos, proferidos
com o intento de divertir e que fazem todos rirem.
SE APRESENTAM COM BONDADE (v.32). O discípulo é uma pessoa benigna – de doce disposição para o bem, misericordiosa – tendo compaixão das fraquezas e misérias dos outros, e que perdoa aos outros (não trata os outros duramente por causa de suas faltas, mas se lembra sempre que também tem faltas); assim faz o discípulo, porque sabe que Deus nos perdoou em Cristo – e é este o motivo supremo para o perdão!
SE APRESENTAM COM BONDADE (v.32). O discípulo é uma pessoa benigna – de doce disposição para o bem, misericordiosa – tendo compaixão das fraquezas e misérias dos outros, e que perdoa aos outros (não trata os outros duramente por causa de suas faltas, mas se lembra sempre que também tem faltas); assim faz o discípulo, porque sabe que Deus nos perdoou em Cristo – e é este o motivo supremo para o perdão!
Portanto, que fique como lição para todos os que
andam no Caminho, que não basta ser crente – crer – é preciso mais! Quem for discípulo de Cristo vive na
convicção de que renunciou a seu desejos e quer cumprir a vontade do Pai, pensa
corretamente, busca viver em verdade e santidade, fala a verdade, é
bem-humorado, é honesto, é ético e não participa de conversações tolas e
desprovidas de propósito, e finalmente, é benigno e compassivo. Você é
discípulo? (Reflexão com base em mensagem anunciada na Comunidade, por este
pastor, no culto de domingo 10/11/2013).
Comentários