A RESPEITO DOS QUE FOGEM!
Marcos 14. 43-53 nos
mostra os instantes decisivos que marcam a prisão de Jesus no Getsêmane. Ficamos sabendo pela
descrição que Judas, um dos doze discípulos, chega a Jesus, da parte dos
principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e com ele, os guardas
do templo comandado pelo Sinédrio e pelos servos do sumo-sacerdote, além de uma
multidão com espadas e porretes. Ato contínuo, como
havia combinado que beijaria aquele que deveria ser preso, Judas assim faz. Mas
também pronuncia as palavras “Rabi, Rabi”, para não haver dúvida, pois aquele
era o mestre. Sem oferecer
resistência alguma, Jesus responde à multidão enfurecida indagando: por que
vinham até ele com espadas e porretes a prendê-lo como a um salteador; não
estivera todos os dias com eles, ensinando-os no templo, por que, então, não o
prenderam, antes?
E o que mais assistimos, conforme a narrativa de Marcos?
I
– OS QUE ESTAVAM COM JESUS FUGIRAM – v. 50.
Com Jesus estavam os
onze discípulos – pois Judas se retirara antes do final da ceia. Mas ali, com
exceção de um (Pedro) – v. 47 - que toma a espada e fere a orelha de um servo
do sumo sacerdote, não há atitude de mais ninguém. Pedro usa a forma errada e
totalmente despropositada, revelando-se como alguém que não havia entendido em
nada a mensagem de graça e paz do Mestre que estivera com ele por mais de três
anos!
Aqueles homens –
todos amigos e discípulos de Jesus – simplesmente O abandonaram à própria sorte
e fugiram!
E quanto a você, em
idêntica situação, como reagiria?
II
– HAVIA UM JOVEM QUE SEGUIA JESUS, MAS QUE QUANDO QUISERAM PRENDÊ-LO, NÃO FEZ
DIFERENTE, E, TAMBÉM FUGIU – v. 52.
Muitos estudiosos
asseguram que este jovem descrito no texto era o próprio Marcos, em função da
irrelevância dos detalhes. Chama atenção o fato de que apenas Marcos cita essa
cena. Aparentemente o jovem dormia ali, acordado pelo barulho e meio zonzo pelo
inusitado, assustado, ao sentir-se preso pelos braços de alguém, consegue se
soltar, mas deixa o lençol que o cobria e foge, totalmente nu. Que cena!
III
– ATÉ HOJE MUITOS SÃO OS QUE FOGEM DE JESUS.
Muitos são os que
parecem estar com Jesus, mas O deixam porque não têm nada mais para se firmar.
Na hora da pressão e
do susto, da tentação e do aperto, facilmente deixam o compromisso; não adiante
tentar segurá-los, deixam a roupa, os lençóis que os sustentam e fogem, como o
jovem nu.
Estes não estão
vestidos com a armadura de Deus (Efésios
6.13-17: na cintura, como cinto, a verdade, no peito, como couraça, a
justiça, nos pés, como calçado, o evangelho da paz, nos braços, como
escudo, a fé, na cabeça, como capacete, a salvação, e na mão,
como espada, a Palavra de Deus), ao contrário, estão envoltos e revestidos por
três tipos de frágeis lençóis:
a religiosidade:
a religião não confere a ninguém mais segurança, nem mais profundidade
espiritual. A frequência ao templo, o uso de rituais e liturgias não são
suficientes para assegurar a presença firme de alguém ao lado do Senhor na hora
da tribulação.
o moralismo: os que aderem a posições moralistas se revelam com uma cobertura muito superficial, como uma leve capa. Estes, quanto mais se enroscam e enrolam nesse tipo de lençol, mais propensos estão para fugirem da presença de Deus.
o moralismo: os que aderem a posições moralistas se revelam com uma cobertura muito superficial, como uma leve capa. Estes, quanto mais se enroscam e enrolam nesse tipo de lençol, mais propensos estão para fugirem da presença de Deus.
o modismo e a aparente conversão: os que aderem
aos modismos de igrejas, marcam uma posição entusiástica pelo “oba-oba”, posto
que expressam atitudes focadas em empolgação com o culto, com a música, com as
atividades, com os amigos, com o pastor, com a proximidade de sua casa, enfim,
aparentemente são convertidos, mas fogem de compromissos e de se firmarem com o
Senhor.
IV
– O QUE FAZER PARA PERMANECER AO LADO DE JESUS E NÃO FUGIR DE SUA PRESENÇA.
É preciso prosseguir e se firmar para que, apesar das pressões e dos sustos do dia-a-dia, cada um busque não fugir de Sua presença, ao contrário se aproxime mais de Jesus.
Experimente,
É preciso prosseguir e se firmar para que, apesar das pressões e dos sustos do dia-a-dia, cada um busque não fugir de Sua presença, ao contrário se aproxime mais de Jesus.
Experimente,
- andar na leveza da compreensão da verdade que liberta.
- viver consciente que o mal lhe espreita e que ação constante do inimigo é
matar, roubar e destruir você.
- estar cingido de modo adequado, ou seja, com a armadura de Deus; porque, a toda
hora você poderá ser confrontado, então, acordado ou dormindo, esteja habilitado para a vitória!
Finalmente, não se
esqueça, espiritualmente, não esteja nu, apenas coberto com um lençol. Cubra-se com a vestimenta de um cristão, verdadeiramente convertido e discípulo de Jesus. Insisto, vista-se com a armadura de Deus (Ef 6. 13-17):
- a certeza da salvação.
- a fé.
- a verdade.
- o Evangelho da Paz.
- o Evangelho da Paz.
- a justiça.
- o conhecimento da Palavra.
Se
você estiver vestido assim, terá uma verdadeira armadura, e o Senhor combaterá com você e por você; saiba que assim será um vencedor. Não estará sujeito ao insucesso ou fracasso, pois não irá fugir desnudo diante
das pressões da vida e para longe da presença de Deus! Pense nisso! (Reflexão
com base em mensagem anunciada na Comunidade, por este pastor, no culto de
domingo 15/12/2013).
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