O SERVIÇO AO SENHOR E SUAS RECOMPENSAS!
Nossa reflexão de hoje ocorre a partir de Mateus 19.27-20.16. As questões
econômicas ligadas a emprego, salários, benefícios e méritos fazem parte do
cotidiano de todos nós, em um mundo capitalista que valoriza o fazer e o ter,
antes do ser. Quando o Senhor é o
recrutador e empregador, quando recruta homens para trabalhar em Seu Reino que
critérios Ele utiliza? Como Ele trata Seus trabalhadores? Em que base lhes
oferece serviços e recompensas? Vejamos a parábola
dos trabalhadores, a partir do encontro de Jesus com o jovem rico (Mateus
19.27-30). Qual o cenário que antecede à narração da parábola? O encontro de Jesus com o jovem rico. Ele estava
procurando a receita para entrar na vida eterna, mas acabou por descobrir que
precisava de uma cirurgia, a remoção de suas riquezas. No seu caso, a completa
renúncia seria o caminho para a vida abundante. Mas aquele jovem foi embora triste por
não querer desfazer-se de seus bens. Aí o apóstolo Pedro, sem entender direito o que Jesus estava ensinando, ainda pergunta ao Mestre: “Eis que tudo deixamos e te seguimos, que receberemos"? Enfatizando o pronome
nós, lembrava Pedro que ele e seus companheiros haviam pago o preço, pois foram
os primeiros a segui-Lo.
OS
TRABALHADORES CONTRATADOS – Mt 20.1-7
1) O
empregador: parece sem sentido na área de gestão de negócios, alguém contratar
da forma da parábola e pagar igual por serviços prestados com menos hora e
esforço; mas aqui a tônica de Jesus é mostrar que as recompensas de Deus se
baseiam em coisas espirituais, tais como abnegação, fidelidade e dedicação.
Note-se
que o próprio dono na vinha procura os trabalhadores. Cada verdadeira vocação
ao serviço de Deus é escolha divina (João 15.16); cada preocupação para com os
perdidos, cada impulso para servir, dEle provém. Ele chama, nós respondemos.
Toda obra espiritual é divina iniciativa.
2) Os
trabalhadores: aceitaram o convite, confiantes de que receberiam justa
recompensa. A
salvação é gratuita, não diz respeito à quantidade de serviço bem a merecimento
humano. Comparado a isso, as demais distinções pouco significam.
O
PAGAMENTO DOS TRABALHADORES - Mt 20.8-16
E aproximando-se a
noite... diz ao mordomo ... chama os trabalhadores e paga-lhes a diária,
começando pelos últimos até os primeiros.
Por que começar com
os últimos?
O denário era uma
moeda de prata que representava o salário de um dia. Os que trabalharam apenas
uma hora ganhariam um dia inteiro.
Quanto à recompensa,
mereceram-na aqueles pelo espirito de humildade e obediência que demonstraram.
Ilustra também a parábola a salvação dada por Cristo que a quantidade dos
merecimentos não pode aumentar este dom único e gratuito.
1.
Julgamento
segundo os motivos
A
recompensa de Deus para cada um está muito relacionada aos motivos de cada um.
2.
Julgamento
segundo a oportunidade
Há
uma lição e um alerta aqui: não se inclua entre os que pretendem desprezar os outros que não fizeram tanto
progresso na vida espiritual e no serviço cristão. Faz-se necessário julgar se
a diferença de resultados resulta da falta de oportunidade (2 Co 8.12) e
verificar com que espírito foi feito o serviço.
3.
Deus
é gracioso e justo ao recompensar
O
empregador atesta a sua soberania sobre o que lhe pertence. Deus em tudo é
soberano e jamais injusto. Mas Seus caminhos são mais altos que os nossos e Ele
não tem obrigação de justificar-se diante de suas criaturas. Cumpre-nos CONFIAR
e OBEDECER, até que o compreendamos (Romanos 9.20-24)
Deus
aceita o serviço dos homens por ato de graça, não por necessidade, e os que se
acham no direito de exigir-lhes recompensa, esquecem-se de que dEle provem a
sua capacidade de servir.A
recompensa é fruto de sua graça, não de nossos méritos. Devemos
nosso sucesso ao Senhor, que por sua graça concedeu-nos talento e capacidade.
4.
Os
primeiros e os últimos
Os
que se consideram os primeiros por avaliação própria, podem ser os últimos na
estimativa de Deus. Porque muitos são os chamados, mas poucos escolhidos. Muitos
são convidados a trabalhar na vinha do Senhor, mas poucos continuam em
humildade, submissão à justiça de Deus e total abnegação de direitos próprios.
Muitos
são chamados à santidade, e a estes ser-lhes-á dada a vida eterna, mas os “escolhidos”,
não se produzem em grande quantidade.
Os
escolhidos são aqueles humildes, respeitadores e tão cheios de amor fraternal,
que não invejam a bênção e o sucesso alheios.
Os escolhidos são
os que se dão sem reservas ao serviço do Senhor e consideram-se ainda servos
sem proveito. Estão disponíveis quando a igreja precisa de esforço especial.
São as pessoas de confiança, que formam a base da igreja. Pena que, apesar de
tantos chamados, tão poucos sejam realmente escolhidos para o trabalho cristão!
Não
devemos, entretanto, perder tempo e energia lamentado o fato. Ao contrário,
minha oração é para que todos nós sejamos escolhidos pelo Senhor. E o
mais importante: sendo escolhidos por Ele, que cada um persevere até o fim,
pois estes estarão salvos e com o Senhor por toda a eternidade (Mateus 24.13). Pense nisso! (Reflexão com base em
mensagem anunciada na Comunidade, por este pastor, no culto de domingo
16/02/2014).
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