O DISCÍPULO DE CRISTO É LUZ, MAS NÃO É ESTRELA!
Marcos
10.32-45 nos relata um episódio muito interessante e digno de destaque.
Inicialmente,
o v. 32 revela que Jesus e os discípulos subiam para Jerusalém e estes se
sentiam atemorizados porque o Mestre lhes falava do que iria acontecer.
Em
especial, que Ele seria entregue nas mãos dos sacerdotes e dos escribas, e
condenado à morte, seria entregue aos gentios. E que seria escarnecido,
açoitado, cuspido e morto; mas que ao terceiro dia, ressuscitaria.
Mas
na sequência, assistimos a outras cenas fortes, pois sem dar muita importância
a estas palavras de Jesus, dois de Seus discípulos – Tiago e João, filhos de
Zebedeu, foram até Ele para pedir algo.
E
quando nos preparamos para ouvir, talvez, algum pedido de esclarecimento, algumas
palavras mais de explicação sobre o significado daquilo que o Mestre estava
dizendo, ouvimos que os discípulos queriam obter uma posição de destaque e
honra, ao lado de Jesus, quando estivesse na glória!
Então,
só nos resta afirmar que eles queriam se tornar estrelas, queriam ser
celebridades.
Quando
estudamos ciências, ainda adolescentes, aprendemos que estrelas são corpos
celestes que emitem luz própria.
Mas
aprendemos também que os planetas gravitam em torno das estrelas e se limitam a
receber e refletir a luz delas.
Assim,
aprendamos que: estrela tem luz própria, os outros precisam dela, enquanto que
planeta não possui luz própria e necessita da luz da estrela.
Jesus
é a estrela! Não você!
Você
será grande – perante o Senhor – se servir mais!
Você
faz as coisas para a Igreja e para o Senhor com vontade e com disposição?
Ou
você que não faz muito - ou por que está sem tempo ou porque falta mais vontade
e disposição - sente-se mal por que alguém faz e recebe o elogio e a
consideração dos outros?
Não
sem razão o termo “estrela” passou a ser usado também para pessoas que se
destacam de alguma forma, especialmente nas artes, tanto no cinema, na
televisão ou no teatro.
Essas
pessoas são admiradas, imitadas, bajuladas e até idolatradas por multidões de
fãs e seguidores.
Elas
são servidas e cultuadas, até.
Como
a necessidade de obter reconhecimento é algo natural ao ser humano, ninguém
considera a busca por essa admiração como algo negativo. Muitas vezes, ela é
até incentivada.
Tiago
e João também devem ter sentido essa necessidade. Por isso foram pedir a Jesus
que lhes concedesse lugares de honra no céu.
Talvez
cada um tenha pensado: ‘Ei, eu também mereço este lugar”.
"Ei,
se ele é valorizado, eu também quero ser".
Esta
é a lógica humana, em que as pessoas querem ter primazia, querem ser
valorizadas, querem ser reconhecidas.
Entre
os homens e sua lógica, o mais importante é o diretor, o chefe, ou seja, o que
manda e é servido por todos.
Mas,
como em muitos outros ensinos, Jesus inverte a perspectiva humana: para Ele o
mais importante é o que serve, nunca o que é servido.
Os
discípulos estavam vendo só o aspecto externo da vida em Jesus: as pessoas que
buscavam sua companhia, a admiração que Ele recebia ao fazer milagres.
Mas
Jesus avisa: se nem Ele, o Filho do Deus Altíssimo, tinha como objetivo obter
reconhecimento, quanto menos os discípulos devem agir assim.
Para
um seguidor de Jesus, um verdadeiro discípulo, melhor é ser planeta. Para um
planeta, a luz da estrela é suficiente.
O
planeta nunca sai do rumo em seu giro constante em torno da estrela. Ele
depende dela para obter luz, calor e vida.
O
máximo que o planeta faz para brilhar é servir de espelho para refletir a luz
da estrela à qual ele pertence.
Deus
é luz. Portanto, nEle, sendo iluminado por Sua luz, eu me contento em ser
planeta. Não quero nem preciso ser estrela.
NEle
tenho luz, mas a que vem dEle. Não tenho luz própria, a luz que me conduz e
ilumina meu Caminho vem dEle. NEle sou planeta, não estrela.
NEle,
prossigo para o alvo, tendo a Cristo como minha luz.
Se
sou luz, o sou porque Ele é a luz. Glória a Deus por isso! (Mensagem anunciada
por este pastor no culto de domingo 08/02/2015).
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