O JEJUM QUE AGRADA A DEUS!
O capítulo 58 do livro de Isaías descreve
tempos difíceis em Israel e sustenta que o povo estava jejuando, mas não
obtinha respostas de Deus e se perguntava, por quê?
Todo o texto é muito esclarecedor, vamos,
pois, por etapas, procurar entender o que a Palavra de Deus nos revela sobre
jejuns e atitudes que agradam ou que não agradam ao Senhor. Muitos são os que jejuam mas sentem que não
obtêm respostas de Deus.
Jejum é abstinência de alimentos, mas somente
isso não basta para Deus. De que se agrada, então, o Senhor? A resposta é esclarecedora da parte de Deus.
Muitos são os que quando jejuam cuidam de
seus próprios interesses, cuidam que os outros façam o seu trabalho (oprimem e
escravizam).
Quando jejuam para contendas e rixas o fazem,
querendo impor suas vontades e, assim, brigam, discutem, tentam impor sua
justiça.
O jejum que o Senhor escolhe (v.6), aquele
jejum que Lhe agrada, é aquele em que o pecador:
- salta as ligaduras e amarras da impiedade
(ou seja, deixa sua raiva, seu ódio, sua mágoa, sua frieza quanto às
necessidades do outro), e passa a ser piedoso, caridoso, generoso e solidário.
- desfaz as ataduras da servidão, deixa livre
os oprimidos e despedaça todo jugo. Mas também (v.7), é ele quem:
- reparte o pão com o faminto e necessitado.
- recolhe em casa os desabrigados.
- cobre o que está nu.
- não se esconde de seu semelhante, ou seja,
torna-se mais sensível às necessidade do outro.
Então, diz a Palavra do Senhor, quem assim
procede:
- Terá rompida a luz como o amanhecer.
- Terá cura, ficará curado de qualquer
enfermidade, física e da alma.
- Terá justiça sobre si, adiante de si.
- Terá a glória de Deus como retaguarda.
E aí, poderá clamar ao Senhor (v. 9b) e Ele
responderá: “Estou aqui".
Se assim procederes diz o Senhor (v.9 c até o
v.12): Se retirares da prática diária de vida, os julgamentos que fazes, o dedo
acusador, o falar injurioso e se após isso, mudando de atitudes, abrires a tua
alma ao faminto e fartares a alma aflita (com consolos e palavras e atitudes de
ânimo e de ajuda ao outro, que está aflito), ENTÃO, a tua luz nascerá nas
trevas e a tua escuridão será como o meio dia, e MAIS: o Senhor te guiará
continuamente, fartará a tua alma ATÉ em lugares áridos (secos) e fortificará
os teus ossos, serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas
jamais faltam.
Que promessas lindas, maravilhosas e
impactantes!
Sim, Senhor, aprendi que não basta
sacrificar, mas vale obedecer.
Tanto que no v.13 o Senhor fala da lei quanto
a guarda do dia do descanso.
Mas o entendimento se estende. Não basta também somente obedecer a lei,
é preciso algo mais, não seguindo os "meus" caminhos e não
fazendo a "minha própria" vontade, mas também não falando
palavras vãs.
Ou seja, o jejum que agrada ao Senhor é,
acima de tudo, abstinência de palavras ofensivas, de vínculos de maldade,
de opressão sobre outros, de intrigas, fofocas e murmurações, do julgamento e
das acusações sobre outros. É preciso falar menos, ouvir mais.
É preciso ser mais generoso, menos egoísta,
mais solidário, praticar mais o bem e conjugar mais o verbo amar.
Essas são as práticas diárias dos que
verdadeiramente "têm prazer em saber os Caminhos do Senhor e dos que têm
prazer em se chegar à Deus".
O v.14 finaliza o capítulo de forma única,
posto que revela a maravilhosa graça e o favor do Deus Todo-Poderoso,
com promessas de bênçãos sem limite àquele que pratica o jejum que agrada a
Ele: "então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra
e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o
disse." (Mensagem anunciada por este pastor no culto de domingo 01/11/2015).
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