A FÉ QUE RESISTE ÀS TRIBULAÇÕES

O livro do profeta Habacuque apresenta inicialmente uma situação vivenciada por muitos crentes: a maldade não castigada e por que Deus, sendo justo e bom, pode permitir que os maus prosperem e tenham poder sobre Seus filhos. Todos os três capítulos do livro nos descrevem momentos marcantes para os hebreus. O reino do norte havia sido esmagado pelos assírios, e logo mais os terríveis caldeus – os babilônicos - viriam sobre Jerusalém, como capital do reino do Sul. Essa era a vontade de Deus pela desobediência do povo, mas Habacuque não sabia. E eis que surge o profeta orando e clamando. Aqui nos deparamos com o enigma da oração não respondida. O enigma para Habacuque era o silêncio, a aparente inatividade e despreocupação da parte de Deus em vista do pecado. O profeta olhava ao seu redor, via o pecado inflamando a todos e ficava em estado de perplexidade, perguntando-se: por que Deus não age? Este tem sido o clamor de crentes em todas as épocas. Deus, porém, sempre responde no tempo determinado por Sua vontade. É preciso entender que o pecado gera conseqüências. Ao longo do capítulo 2 o profeta chama a atenção para pecados que seriam julgados pelo Senhor: no v. 6, a desonestidade, no v. 9, a ganância, no v. 12, a violência, no v. 15, a libertinagem e devassidão, no v. 18, 19, a idolatria. Certamente que o profeta se assusta quando o Senhor fala e esclarece que usará os babilônicos para atingir os idólatras e pecadores israelitas. Mas que depois - no devido tempo - os próprios babilônicos seriam destruídos. O profeta então teme pelos seus compatriotas. Mas age, mesmo assustado, pela fé. E essa é uma das extraordinárias lições extraídas do livro: que a vida do justo deve ser baseada na fé. Aprendemos que a atitude do justo que vive pela fé está centrada na esperança, mesmo quando tudo em sua volta está se desintegrando ou quando tudo parece perdido. A oração, que também é salmo, e que também é hino, em todo o capítulo 3 é algo marcante e que deve impactar todos quanto crêem no Senhor Jesus, como nosso Advogado junto ao Pai. Em especial se destacam os vs. 17,18 e 19: “mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimentos nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus de minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo. Faz-me andar em lugares altos”. Dito tudo isso de uma forma mais moderna e atual, inclusive como habitantes mais urbanizados que somos, esta oração pode ser assim escrita e entendida: “mesmo que eu esteja desempregado, ou totalmente sem renda, não havendo nada em minha despensa, e me tomem carro, casa ou outros bens, por falta de pagamento, que me cortem o fornecimento de água e energia elétrica e seja negado o direito à saúde e à educação de meus filhos e da família, que todos se neguem a me ajudar, não havendo como alimentar minha família, sendo-me negada qualquer possibilidade de crescer profissionalmente e até de viver, ainda assim eu me exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, Soberano, é a minha Força. Eu sei que Ele me exaltará e me fará elevar-me a lugares muito altos”.Oro a Deus para que tanto eu quanto você que lê este blog estejamos tão fortalecidos na Rocha que é Jesus para que tenhamos a fé de Habacuque e possamos orar ao Senhor, com inabalável convicção e certeza de vitória. Aprenda eu e aprenda você a viver pela fé, na certeza de “tudo quanto pedirmos em oração, crendo, receberemos” (Mt 21.22).(Síntese da mensagem deste pastor levada à Comunidade no culto de domingo 11/05/2008)

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