AO QUE É SEMELHANTE O REINO DOS CÉUS?
Mateus 13 constitui
um capítulo que bem retrata, em parábolas, o ensino de Jesus sobre o Reino de Deus. Cerca de um terço dos
ensinamentos de Jesus se deu em parábolas, histórias breves do cotidiano
contadas em forma de analogia para ilustrar verdades espirituais.
O capítulo 13
retrata, ao todo, oito parábolas, com um só objetivo: revelar a todos o Reino
de Deus (ou dos Céus, como expõe Mateus). Vejamos cada uma das parábolas:
v.3-23:
a parábola do semeador è
A parábola do
semeador nos ensina que o Reino está atualmente presente – embora não consumado
- que a auto-suficiência se opõe ao Evangelho e que se pode esperar respostas
maiores de muitos ..”um, a cem, a
sessenta e a trinta”. Como assim? Muitos são os que apenas se limitam a reproduzir a si mesmo (produzem a um), outros,
conseguem 30x o primeiro, outros, conseguem 60x o primeiro, e por último, os
mais que frutíferos, reproduzem 100x o primeiro. Em qual deles você se
enquadra?
v.24-30:
a parábola do trigo e do joio è
A mensagem principal
desta parábola é que o Reino consumado de Deus será diferente do reino
presente, pois o Reino consumado é um ambiente perfeito somente para filhos do
Reino.
Atualmente, os filhos
do Reino e os filhos do mal vivem juntos na sociedade humana.
O joio era muito
comum na Palestina e muito parecido com o trigo; não é possível distingui-lo do
trigo até o grão aparecer na época da colheita.
A questão da
separação ou pureza relativa na conduta ou doutrina entre os discípulos e a
Igreja é respondida segundo as diretrizes de Jesus. O mesmo não pode ser feito
pelos discípulos ou pela Igreja – mas será feito em última análise pelos anjos
de Deus (v.39,41).
A separação prematura
na época atual está fora de questão e torna-se mais destrutiva que
purificadora.
(Explicação da
parábola isoladamente aos discípulos: v.37-43).
v.31-33:
a parábola do grão de mostarda e do fermento è
Esta parábola ensina
a grandiosidade destinada ao Reino. O Reino realizado por Jesus agora parece
insignificante, mas sua grandiosidade será manifesta na consumação do final dos
tempos.
No presente, o Reino
não é totalmente manifesto, mas na consumação do tempo vindouro será revelado a
todos. Enquanto isso, realiza seu trabalho de permear a sociedade humana,
penetrando no mal e transformando vidas.
v.44
-51: as parábolas do tesouro escondido, da pérola e da rede è
As parábolas do
tesouro escondido e da pérola de grande valor enfatizam o valor superlativo do
Reino. Uma interpretação comum é que uma pessoa deve estar disposta a
desfazer-se de tudo para possuir o Reino. Outro significado: Jesus é o
comprador que deu tudo de si para assegurar o Reino (ver Atos 20.28).
A parábola da rede,
como a parábola do joio (v.24-30), lida com santos (os bons) e pecadores (os
maus) em uma sociedade mista. Sua
singularidade é que faz alusão à responsabilidade da Igreja em transmitir a
mensagem do Evangelho a toda a sociedade, percebendo que atrairá todo o tipo de
pessoas, algumas das quais serão consideradas impenitentes –persistem no erro e
no crime – pelos anjos na consumação dos séculos.
Por
último, no v.52 a parábola do pai de família è
Em
resposta à afirmação dos discípulos em relação ao que compreendiam, Jesus os
compara a um chefe de família capaz de integrar o novo com o velho. O discípulo
que foi adequadamente instruído tem sob seu comando tanto o Judaísmo (velho)
quanto o Cristianismo (o novo).
Esclareceu,
ou confundiu, mais ainda este ensino sobre o Reino de Deus? Oro, de antemão, para
que o Espírito Santo, mais uma vez, atue, e convença você, com instruções sobre
sua função no Reino! (Reflexão com base em mensagem anunciada na Comunidade,
por este pastor, no culto de domingo 29/12/2013).
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